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Proteger e exercitar as juntas é essencial
A compreensão a respeito da artrite
reumatóide é a principal arma do tratamento. As "lendas" sobre a AR comprometem o controle da doença e prejudicam -ou até anulam- o efeito dos medicamentos, mesmo quando eles são tomados corretamente.
"O paciente, por exemplo, precisa
aprender a proteger as articulações, sem
forçá-las nunca, mas também não pode
deixar de exercitá-las", afirma Caio Moreira, presidente da Sociedade Brasileira
de Reumatologia. "Os portadores que
possuem nível cultural mais elevado ou
que são bem instruídos por seus médicos
tendem a lidar melhor com a doença, evitando a progressão descontrolada."
Existem alguns medicamentos que reduzem os sintomas e ajudam a controlar
a doença. O paciente deve tomar analgésicos para diminuir a dor e antiinflamatórios para conter a inflamação nas articulações. Além de seguir à risca a prescrição médica, o portador de AR deve consultar-se periodicamente com um reumatologista para descartar o surgimento
de outras doenças reumáticas e de problemas colaterais, orienta o professor da
Unifesp Jamil Natour, presidente da Sociedade Paulista de Reumatologia.
Os corticóides, que funcionam como
antiinflamatórios, são bastante utilizados. "Ainda não foi descoberto um remédio mais potente e mais indicado contra a
doença quanto o corticóide", afirma Moreira. Tomá-los sem acompanhamento
médico, porém, é muito perigoso: a longo prazo, eles podem provocar catarata,
diabetes, osteoporose e atrofia muscular,
entre outros problemas.
Recentemente os pacientes ganharam
um novo auxílio ao combate à doença: os
agentes biológicos. O preço desses novos
medicamentos, porém, assusta: cada dose custa de R$ 3.000 a R$ 8.000. Como a
rede pública não fornece os agentes biológicos, há pacientes que estão entrando
com processo judicial para obtê-los.
Paralelamente ao tratamento médico, a
fisioterapia ou a terapia ocupacional auxiliam na recuperação do portador e no
controle da doença. "Como a informação, o exercício é um grande aliado do
paciente, pois melhora a circulação sanguínea", explica a fisioterapeuta Ana
Cristina de Sousa. Segundo ela, a hidroterapia é um dos tratamentos mais indicados, porque diminui o impacto dos movimentos sobre as articulações.
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