São Paulo, quinta-feira, 13 de maio de 2010
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TRANSPIRE

com rodinhas

Mais adultos experimentam a patinação, que pode ser um jeito gostoso de entrar em forma

DANIELA TALAMONI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Como muitos jovens na década de 90, a escritora Bia Villela, 45, de São Paulo, se rendeu a um dos "brinquedos" cobiçados da época: o patins in-line.
Suas rodinhas finas, fixadas em linha, aposentaram as botas de rodas largas e paralelas dos anos 80 e revolucionaram o jeito de patinar.
A atividade ficou mais veloz e ganhou terreno em pistas irregulares ao ar livre, conquistando novos adeptos.
Alguns anos depois, o acessório foi parar no fundo do armário. Só agora, Bia e muitos ex-patinadores de fim de semana voltaram a deslizar por aí.
A escritora faz aulas semanais e treina com os filhos, de dez e oito anos. "Queria aprender as técnicas para perder o medo de cair. Assim, posso patinar mais relaxada", diz.
Nos últimos anos, cresceu o público adulto que procura pelas aulas de patinação in-line, segundo professores dessa modalidade.
Em São Paulo, a maioria dos alunos de Ed de Oliveira, da Escola Patins Brasil, está na faixa de 20 a 50 anos. "Mas quatro deles beiram os 60 anos, e já dei aula para uma de 68 anos", diz Oliveira, que ensina patinação no parque Ibirapuera.
Há muitas razões para a renovação do interesse pela atividade: uma delas, segundo o professor Oliveira, é o acesso fácil a equipamentos bons, e o mercado relativamente recente de lojas especializadas. "As botas antigas feriam a canela, favoreciam quedas e causaram em muita gente um desinteresse pela patinação."
Mas são os benefícios para a saúde a grande motivação do pessoal maduro.
A ex-atleta da patinação artística Graciela Samburgo, de Curitiba, decidiu aprender as técnicas do in-line aos 40 anos.
Hoje, aos 52, patina todos os dias -ora dando aulas, ora se divertindo. "Patinar me deixou mais resistente, ágil e com os músculos dos braços, pernas e costas mais rígidos", diz.
Segundo Ed de Oliveira, uma hora patinando pode queimar até 600 calorias.

Proteção
Cindya Katerine Pardo, treinadora da equipe Jaguar, de Brasília, que reúne atletas da patinação de velocidade, compara a patinação à corrida. "Ambas fazem maravilhas à saúde, mas quem patina sofre menos impacto nas articulações, além de contar com a sensação de liberdade."
Aprender a patinar requer responsabilidade para adotar os acessórios de proteção (capacete, munhequeira e joelheira especiais) e paciência para assimilar as técnicas, como saber levantar e manter-se de pé, desviar dos obstáculos e cair de uma forma que proteja as articulações na hora do impacto.
Para os professores de patinação, cair não faz parte do aprendizado. "Trabalhamos para prevenir as quedas", afirma Ed de Oliveira.


Onde aprender

Marquise do Ibirapuera - São Paulo (O pacote de quatro aulas custa R$ 160)
www.patinsbrasil.com.br

Parque Barigui - Curitiba (Aulas individuais de R$ 45 a R$ 50 cada uma)
www.patinar.com.br

Parque Sarah Kubitschek (parque da cidade) Brasília (Só aos sábados e domingos, R$ 80 por mês)
http://equipejaguar.com



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