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TRANSPIRE
com rodinhas
Mais adultos experimentam a patinação, que pode ser um jeito gostoso de entrar
em forma
DANIELA TALAMONI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Como muitos jovens na
década de 90, a escritora Bia Villela, 45, de
São Paulo, se rendeu a
um dos "brinquedos" cobiçados da época: o patins in-line.
Suas rodinhas finas, fixadas
em linha, aposentaram as botas
de rodas largas e paralelas dos
anos 80 e revolucionaram o jeito de patinar.
A atividade ficou mais veloz e
ganhou terreno em pistas irregulares ao ar livre, conquistando novos adeptos.
Alguns anos depois, o acessório foi parar no fundo do armário. Só agora, Bia e muitos ex-patinadores de fim de semana
voltaram a deslizar por aí.
A escritora faz aulas semanais e treina com os filhos, de
dez e oito anos. "Queria aprender as técnicas para perder o
medo de cair. Assim, posso patinar mais relaxada", diz.
Nos últimos anos, cresceu o
público adulto que procura pelas aulas de patinação in-line,
segundo professores dessa modalidade.
Em São Paulo, a maioria dos
alunos de Ed de Oliveira, da Escola Patins Brasil, está na faixa
de 20 a 50 anos. "Mas quatro
deles beiram os 60 anos, e já dei
aula para uma de 68 anos", diz
Oliveira, que ensina patinação
no parque Ibirapuera.
Há muitas razões para a renovação do interesse pela atividade: uma delas, segundo o
professor Oliveira, é o acesso
fácil a equipamentos bons, e o
mercado relativamente recente de lojas especializadas.
"As botas antigas feriam a canela, favoreciam quedas e causaram em muita gente um desinteresse pela patinação."
Mas são os benefícios para a
saúde a grande motivação do
pessoal maduro.
A ex-atleta da patinação artística Graciela Samburgo, de
Curitiba, decidiu aprender as
técnicas do in-line aos 40 anos.
Hoje, aos 52, patina todos os
dias -ora dando aulas, ora se
divertindo. "Patinar me deixou
mais resistente, ágil e com os
músculos dos braços, pernas e
costas mais rígidos", diz.
Segundo Ed de Oliveira, uma
hora patinando pode queimar
até 600 calorias.
Proteção
Cindya Katerine Pardo, treinadora da equipe Jaguar, de
Brasília, que reúne atletas da
patinação de velocidade, compara a patinação à corrida.
"Ambas fazem maravilhas à
saúde, mas quem patina sofre
menos impacto nas articulações, além de contar com a
sensação de liberdade."
Aprender a patinar requer
responsabilidade para adotar
os acessórios de proteção (capacete, munhequeira e joelheira especiais) e paciência para
assimilar as técnicas, como saber levantar e manter-se de pé,
desviar dos obstáculos e cair de
uma forma que proteja as articulações na hora do impacto.
Para os professores de patinação, cair não faz parte do
aprendizado. "Trabalhamos
para prevenir as quedas", afirma Ed de Oliveira.
Onde aprender
Marquise do Ibirapuera - São Paulo
(O pacote de quatro aulas custa R$ 160)
www.patinsbrasil.com.br
Parque Barigui - Curitiba
(Aulas individuais de R$ 45 a R$ 50 cada uma)
www.patinar.com.br
Parque Sarah Kubitschek (parque da cidade)
Brasília
(Só aos sábados e domingos, R$ 80 por mês)
http://equipejaguar.com
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