São Paulo, terça-feira, 13 de setembro de 2011
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

'Meu tempo não é aquele tempo que passou, meu tempo é hoje'

Eduardo Knapp/Folhapress
A estudante Maria Lango na sala de aula da Universidade Metodista

JULIANA VINES
DE SÃO PAULO


"Sempre fui alegre e otimista, mesmo com as dificuldades. Já tive épocas mais tristes, sim. Todos temos fases de grama murchinha.
Em 82, perdi meu marido e percebi o quanto faz falta uma companhia. Tive que reaprender a ficar sozinha e a procurar a companhia de pessoas, mas sem atrapalhar.
Sou feliz. Só posso ser feliz. Tenho apoio da família em todos os sentidos e posso ir aonde eu quero e posso.
A maturidade faz com que a gente entenda melhor a vida e aprenda a se comunicar melhor com as pessoas, com mais gentileza. Você se dá conta de que aprende o tempo todo e que nem sempre pode fazer o que quer.
Minha saúde é boa, tirando a ferrugem. Muitas dores existem, nem todas têm remédio. Não estou sempre de bom humor, mas a maioria das vezes, sim.
A época vai mudando e temos que nos adaptar. Meu tempo não é aquele que passou, meu tempo é hoje, eu tenho o hoje.
Tenho planos. Quero estar sempre de bem com a minha família e continuar convivendo com outras pessoas para aprender novos assuntos.
Voltei a estudar em 2000. Faço cursos na universidade da terceira idade. As terças e quintas, quando tenho aulas, são esperadas. Estudo direitos da terceira idade, mídias digitais e teatro. Gosto de todas as aulas."


Maria Lango, 91



Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Testes para medir a 'juventude interior': ciência ou marketing?
Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.