São Paulo, quinta-feira, 14 de junho de 2001
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boquiaberto

Para comer com os olhos
Até quem torce o nariz para a culinária japonesa pode ficar com água na boca ao ler "A Arte do Sushi" (72 págs., R$ 69, Ed. Melhoramentos, tel. 0/xx/11/5572-5260), escrito a seis mãos. A jornalista alemã Christiane Buck assina os textos que contam a história do sushi, explicam a etiqueta japonesa à mesa e descrevem os ingredientes e utensílios necessários para preparar essa iguaria. As 19 receitas do livro são de Masami Okamoto, sushiman japonês radicado em Hamburgo (Alemanha). A artista plástica Soseki Kobayashi traçou os caracteres japoneses que ilustram a obra, ao lado das fotos de Amos Schliak.

Proteína verde das Gerais
Planta que não requer muitos cuidados no cultivo, a ora-pro-nóbis é ingrediente tradicional da culinária mineira. O nome, provavelmente, vem da religiosidade dos primeiros habitantes de Minas Gerais. A expressão latina significa "roga por nós" e faz parte de uma antiga ladainha. Embora não seja capaz de fazer milagres, a ora-pro-nóbis é poderosa em termos nutricionais, merecendo o apelido de "carne de pobre". Segundo estudo da Universidade Federal de Lavras (MG), suas folhas possuem cerca de 25% de proteína, valor muito mais alto do que o encontrado em outras hortaliças, como o espinafre (cerca de 2%).

O inseto que mudou o sabor
Por causa da filoxera, é quase impossível saber ao certo que gosto tinham as uvas e os vinhos europeus produzidos antes do final do século 19. Nessa época, a maioria dos vinhedos europeus foi dizimado por esse pequeno inseto sugador originário da América do Norte. Com a intensificação do comércio internacional de videiras, a filoxera chegou à Europa "escondida" nas raízes de plantas norte-americanas. Mas, como sua origem, a solução da praga também veio dos Estados Unidos. Incapazes de deter o inseto, os produtores passaram a usar a técnica do enxerto, antes pouco empregada, "misturando" as videiras locais com as norte-americanas, mais resistentes.


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