São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 2000 |
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na mesa Açúcar de sobra inspira compota na colônia
E mbora os europeus já tivessem o hábito de transformar fruta em geléia, foi no Brasil, mais
precisamente no Nordeste, que surgiu e se disseminou a tradição de misturar açúcar às frutas para fazer doce em calda. A variedade de frutas nativas da região -de cajá e jaca a jenipapo e goiaba- somada à abundância de açúcar produzido nos engenhos foram os pré-requisitos necessários para que quituteiras dessem asas à imaginação e saíssem criando as iguarias. Simples de fazer, a compota nasce do cozimento da fruta em água com açúcar -eventualmente são acrescentados complementos como limão, vinho branco ou fava de baunilha, caso da receita abaixo. Apesar de
os doces em calda mais famosos virem de frutas populares, como abacaxi, abóbora e laranja, alguns
surgem de frutos mais habitualmente usados em pratos salgados. É o caso do jiló, usado na compota
predileta do ator Procópio Ferreira (1898-1979). |
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