São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 2000
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na mesa

Açúcar de sobra inspira compota na colônia

E mbora os europeus já tivessem o hábito de transformar fruta em geléia, foi no Brasil, mais precisamente no Nordeste, que surgiu e se disseminou a tradição de misturar açúcar às frutas para fazer doce em calda. A variedade de frutas nativas da região -de cajá e jaca a jenipapo e goiaba- somada à abundância de açúcar produzido nos engenhos foram os pré-requisitos necessários para que quituteiras dessem asas à imaginação e saíssem criando as iguarias. Simples de fazer, a compota nasce do cozimento da fruta em água com açúcar -eventualmente são acrescentados complementos como limão, vinho branco ou fava de baunilha, caso da receita abaixo. Apesar de os doces em calda mais famosos virem de frutas populares, como abacaxi, abóbora e laranja, alguns surgem de frutos mais habitualmente usados em pratos salgados. É o caso do jiló, usado na compota predileta do ator Procópio Ferreira (1898-1979).

Compota de alcachofras
calorias: 344 (1 porção); proteínas: 1,8 g; carboidratos: 88,4 g; lipídeos 0,13

Ingredientes (para 12 porções)
12 fundos de alcachofra, açúcar (pese os fundos e use o mesmo peso em açúcar), 1 baunilha em fava e sumo de 1 limão.

Como se faz
Cozinhe as alcachofras pelo modo tradicional: em água com limão e uma pitada de sal até que estejam macias. Escorra e deixe secar bem (isso pode ser feito com um pano bem seco e limpo). Coloque os fundos de alcachofra e o açúcar em uma panela funda, cubra com água, junte a fava de baunilha e deixe ferver por 15 minutos. Deixe a panela tampada até o dia seguinte. Repita a operação. Deixe novamente até o dia seguinte e aí então abra a panela e sirva. Pode ser acompanhado de calda caramelizada, creme de chantilly e sorvete de creme. Se preferir, substitua a calda caramelizada por calda de chocolate quente. Receita de Sandra del Picchia, do buffet Sabor del Picchia.



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