São Paulo, terça-feira, 14 de dezembro de 2010
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'Perdi a fome, mas não a vontade de comer'

Não tem caralluma que me faça almoçar na hora certa ou tire a vontade de comer chocolate. Foram só cinco dias tomando o fitoterápico. Pode ser pouco, mas deu para ter uma ideia dos efeitos.
Não sei se fui influenciada pela enxurrada de anúncios que vi durante a semana, mas senti menos fome e, às vezes, até esqueci de comer.
No primeiro dia, tive dificuldades em prever o horário que iria almoçar. Afinal, é preciso tomar a cápsula mais ou menos uma hora antes. O problema é que nunca sei a hora que vou comer.
No segundo dia, tomei o remédio às 11h30 e esqueci completamente de almoçar às 12h30. Não tive fome. Quando ela voltou, por volta das 14h, estava maior ainda.
À tarde, lembrei de procurar lanche no horário certinho, mas não tive vontade de comer um sanduíche de queijo com presunto. Preferi um chocolate com amêndoas, bem mais atrativo.
No terceiro dia, tomei a caralluma às 12h43 e fiquei olhando no relógio de cinco em cinco minutos. Fui almoçar um pouco antes da hora e, por hábito, fiz o mesmo prato de sempre.
À noite, fiz um esforço e comprei um sanduíche. Só consegui comer metade, mas, antes, tinha beliscado uma fatia de panetone e bolachas (mesmo sem fome).
Não vou continuar tomando. Não me convenci de que o conteúdo da cápsula (encomendada em farmácia de manipulação, sem receita) é mesmo o extrato de uma planta importada da Índia. (JULIANA VINES)


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