VINICIUS CARRASCO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O que as cozinheiras de antigamente diziam acaba de ser comprovado cientificamente: panelas de ferro podem ajudar a prevenir ou curar anemias. Pesquisa realizada na Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) indica que cozinhar alimentos nesse tipo de panela chega a suprir cerca de 20% das necessidades diárias de ferro do organismo.
Para chegar a esse resultado, a nutricionista Késia Diego Quintaes fez um estudo que envolveu 58 estudantes, com idade entre 13 e 24 anos, do IAEMG (Instituto Adventista de Ensino de Minas Gerais), em Lavras.
A instituição foi escolhida porque adota alimentação vegetariana. Quem segue esse tipo de dieta corre mais risco de desenvolver anemia devido à diferença de biodisponibilidade. O ferro não-heme, disponível nos vegetais, é absorvido em menor proporção pelo corpo do que o ferro heme, presente em alimentos de origem animal. O organismo necessita de ferro para produzir hemoglobina, complexo protéico que transporta o oxigênio no sangue, explica a nutricionista.
Os voluntários fizeram exames de sangue antes e após 12 semanas de utilização das panelas de ferro. "Houve um aumento no nível de hemoglobina até mesmo naqueles que tinham anemia", afirma Quintaes. De acordo com a pesquisadora, esse tipo de panela libera ferro não-heme e o transmite aos alimentos. Isso aumenta a concentração do mineral na comida, compensando sua menor biodisponibilidade.
A quantidade necessária de ferro varia de acordo com o sexo e a idade. Rapazes de 14 a 18 anos precisam de 11 mg de ferro por dia; garotas da mesma faixa etária, de 15 mg por dia, e mulheres adultas, de 18 mg. "O uso da panela contribuiu com cerca de 3,5 mg de ferro por dia."
A nutricionista, que também estuda a migração para os alimentos do ferro presente nas panelas de pedra-sabão, afirma que há pesquisas que associam a substituição dos utensílios de ferro pelos de alumínio e de aço inoxidável ao aumento de casos de anemia. "As panelas de inox liberam uma quantidade pequena de ferro."

Estima-se que existam atualmente, no Brasil, cerca de 17.200 gestantes portadoras de HIV


Culpa da genética
Cientistas da Universidade de Nápoles (Itália) identificaram um gene recessivo que predispõe o homem a ter a chamada "barriga de cerveja". Segundo a pesquisa, que avaliou 959 homens, aqueles que herdam esse gene da mãe e do pai possuem risco 82% maior de se tornarem gordos e 75% maior de apresentarem acúmulo de gordura na região abdominal.

Refrigerante e sono
A cafeína de refrigerantes, cafés e chás pode ser responsável por distúrbios de sono em adolescentes, sugere estudo publicado na revista americana "Pediatrics" que avaliou o sono e o consumo de cafeína de cerca de 200 jovens. Quanto maior o consumo, pior era a noite de sono. Os refrigerantes foram responsáveis por mais da metade do consumo de cafeína.

Viver em segurança
Já pode ser consultado na internet (www.serasa.com.br/guiacontraviolencia) o "Guia Serasa de Orientação ao Cidadão - Saiba como Reduzir o Risco de Ser Vítima da Violência", que será distribuído gratuitamente nas agências Serasa de todo o país. Com 128 páginas, esse manual traz dicas sobre como evitar assaltos, roubos e sequestros relâmpagos, por exemplo. Ioga no parque Até o dia 4 de março, os paulistanos podem se exercitar gratuitamente no parque Ibirapuera. Às terças e quintas-feiras, às 9h e às 17h, o projeto Verão Kaiser oferece aulas de alongamento. Às quartas e sextas-feiras, nos mesmos horários, há aulas de power ioga.

Fertilidade pós-câncer
A droga tamoxifeno, utilizada para evitar recidiva de câncer de mama, pode ajudar a recuperar a fertilidade após o tratamento da doença, sugere estudo da Universidade Cornell (EUA). Em 12 mulheres que tiveram câncer de mama e usaram a droga durante tratamento para fertilização "in vitro", os pesquisadores registraram aumento da produção de óvulos.



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