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Cuidador também é beneficiado
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Acompanhar pacientes
com câncer ao hospital afeta a qualidade
de vida e, em alguns
casos, a própria saúde dos cuidadores. Para eles, a realização
de trabalhos artísticos também
é uma forma eficaz e relativamente simples de manter o
equilíbrio e preservar a saúde.
No caso do cuidador, a prática pode não ter um cunho terapêutico como em sessões de arte-terapia para o paciente, em
que a produção artística é feita
segundo processos específicos
e acompanhada por orientação
psicoterapêutica. Mas o trabalho manual é uma boa estratégia para diminuir o estresse, a
ansiedade e as angústias que
afetam quem cuida do doente.
Participando pela segunda
vez da oficina de artesanato
oferecida pelas voluntárias do
Instituto do Câncer do Estado
de São Paulo Octavio Frias de
Oliveira, enquanto a mãe faz
quimioterapia, a estudante de
pedagogia Maria Helena de Oliveira, 34, diz que a atividade
"ajuda a cuidar [do doente]
com mais tranquilidade, menos
estresse e alivia a dor". "Quem
acompanha também sofre."
A voluntária Oli Minutti não
duvida dos benefícios. "Quem
acompanha [o paciente] precisa estar bem para ajudar. E não
é fácil: muitos deixam a casa, os
filhos e o trabalho para fazer o
acompanhamento no hospital.
Esperar sem fazer nada pode
ser pior", diz.
A assistente de serviços administrativos Luzia Aparecida
Sassaki, 51, que acompanha o
filho em ciclos semanais de quimioterapia, conta que, na primeira vez em que tentou participar da oficina, não conseguiu
fazer nada. "Na segunda vez,
consegui terminar o que não tinha feito na primeira e achei
que ficou bem bonitinho. Ter
conseguido terminar um trabalho fez toda a diferença."
(IB)
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