São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 2008
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INGREDIENTE

Farro beneficia praticantes de esportes

RACHEL BOTELHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Um cereal de nome curioso, pouco difundido no Brasil, mas usado desde o Egito antigo. Trata-se do farro, que, em países da América do Norte e da Europa, marca presença em saladas, sopas e massas -de pizza, pão e macarrão.
"Ele foi muito consumido na época dos romanos, desapareceu com o tempo e agora retornou com um apelo nutricional grande por gerar energia. Além das proteínas que beneficiam quem pratica atividade física (ganho de força e forma física), as fibras auxiliam na digestão e na normalização do colesterol", afirma Elaine Martins Bento, vice-presidente da Associação Paulista de Nutrição.
A nutricionista lembra também que pessoas diabéticas estão liberadas para consumir esse grão. "Há uma associação dele com a redução das taxas de açúcar", diz.
Um dos primeiros grãos empregados na culinária, foi cultivado durante séculos na região do Mediterrâneo. Grãos de farro esmagados e cozidos em água eram usados pelos romanos para preparar o "pultem", um antecessor da polenta que tinha consistência mole e era servido geralmente misturado a queijos, carnes e molhos. Apesar de sua importância, após a queda do Império Romano cereais mais produtivos foram desenvolvidos e seu cultivo entrou em declínio.
O farro tem coloração marrom clara similar à do trigo usado na farinha e à do trigo de "grano" duro. O que diferencia um do outro é a casca, que adere ao grão do farro durante a colheita, como ocorre com a cevada e com a aveia.
Quanto às condições de produção, trata-se de um cereal mais adaptado a regiões de clima seco e solos pobres em nutrientes. Cultivado em toda a região central da Itália, o farro da área de Garfagnana, na Toscana, é famoso por seu sabor amendoado. Por ser muito resistente, costuma ser produzido sem utilização de pesticidas -ganhando adeptos entre os apreciadores de orgânicos.
Na hora de comprar, em empórios gourmet e lojas de produtos naturais, vale prestar atenção à embalagem. Para ter certeza de que se trata mesmo de farro, procure pelo nome Triticum dicoccum.


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