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Na guerra era mais tranquilo
Às 16h de uma bela tarde
ensolarada de quinta-feira, o aposentado Ary de
Lima, 71, ouvia tranquilamente dois repentistas
que se apresentavam nos
corredores do Sesc Pompéia, em São Paulo. Passar
o tempo longe de casa foi a
solução encontrada pelo
ex-policial, que mora no
centro de São Paulo. "É
uma forma de não abusar
dos aparelhos eletrônicos
e da luz em casa. O tempo
do banho já foi reduzido
ao máximo", diz ele.
Apesar de ter presenciado o blecaute durante a
guerra, Ary conta que, naquela época, era tudo
tranquilo. "Sabíamos o
horário em que a luz voltaria. Além disso, as ruas
não eram tão violentas como hoje, e podíamos ficar
conversando nas calçadas
até a luz voltar", lembra.
Como mora em prédio,
ele diz brincando que, em
uma emergência, vai ter
de pular pela janela.
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