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poucas e boas
Nova insulina tem efeito de 24 horas
LILIANA FRAZÃO
EDITORA-ASSISTENTE DO EQUILÍBRIO
Até o final deste mês, deve chegar ao Brasil a única insulina que age no organismo durante 24
horas. Além de facilitar o cotidiano do diabético, que precisa aplicá-la apenas uma vez por dia, a insulina glargina melhora o controle da glicemia (taxa de
açúcar no sangue).
Produzida pelo pâncreas, a insulina é um hormônio
que ajuda a transportar o açúcar obtido pela alimentação para dentro das células. O diabetes tipo 1 ocorre
quando o pâncreas não secreta insulina. No diabetes tipo 2, a produção é insuficiente ou o organismo não consegue utilizar o hormônio adequadamente.
Até agora, o tratamento exigia pelo menos duas aplicações de insulina de ação prolongada por dia, pois seu
efeito dura cerca de 14 horas. Além disso, os produtos
convencionais provocam picos de insulina no organismo que levam à hipoglicemia -a taxa de açúcar no
sangue fica abaixo dos níveis normais, gerando sintomas como fome súbita, tontura, cansaço sem motivo
aparente, suor excessivo e taquicardia. Indicada para os
dois tipos de diabetes, a nova insulina reduz bastante o
risco de hipoglicemia, pois seu nível no organismo se
mantém estável durante todo o dia.
"A insulina glargina é um marco no tratamento do
diabetes", afirma o endocrinologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Antonio Chacra, que é
presidente da Associação Latino-Americana de Diabetes e vice-presidente da Federação Internacional de
Diabetes. Alguns de seus pacientes estão usando o produto, importado dos EUA, há mais de um ano, com excelentes resultados, segundo o médico. "A nova insulina melhora a qualidade de vida dos diabéticos."
Por permitir um melhor controle da doença, a insulina glargina pode também reduzir as complicações decorrentes do diabetes, que, de acordo com Chacra, ainda são bastante comuns no Brasil. Estima-se que existam cerca de 5 milhões de brasileiros com diabetes. A
doença é a principal causa de cegueira adquirida do país
e pode gerar problemas cardiovasculares, falência renal
e, no caso dos homens, impotência.
Doenças do aparelho circulatório são a principal causa de morte no Brasil, segundo o IBGE
"Tia, posso ir ao banheiro?"
Se depender de pesquisadores norte-americanos, a resposta para essa pergunta deve ser "sim" -pelo menos para alunos
das duas primeiras séries do ensino fundamental. De acordo com estudo que será
publicado na revista "Journal of Urology", proibir crianças com menos de nove
anos de ir ao banheiro pode provocar problemas urinários.
Peixe para o coração
Comer, pelo menos duas vezes por
semana, peixes ricos em ácidos graxos, como salmão e sardinha, reduz o ritmo cardíaco e a pressão arterial e aumenta a taxa de colesterol "bom". Essa foi a conclusão de pesquisa do Instituto Pasteur de
Lille (França), que envolveu mais de 9.700 homens de 50 a 59 anos.
Desculpas sadias
Em "O Poder do Perdão" (256 págs., R$
38,50, W11 Editores, tel. 0/xx/11/3812-3812), Fred Luskin, que coordena o Projeto para o Perdão, da Universidade de Stanford (EUA),
explica como livrar-se de culpas e mágoas pode melhorar a saúde.
Amizade no trabalho
Muitas pessoas acreditam que agir de maneira impessoal no ambiente de trabalho é sinal de profissionalismo. Porém estudo publicado na revista "Journal of Personality and Social Psychology", realizado em conjunto por norte-americanos, sul-coreanos e chineses, constatou que os funcionários mais extrovertidos e amistosos são também os mais produtivos.
Tratamento para infertilidade
Estão abertas as inscrições para casais
que queiram participar do Programa de Inseminação Artificial Intra-Uterina, da
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). O tratamento é gratuito; os pacientes
pagam apenas os remédios. Informações pelo telefone 0/xx/11/3897-1345.
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