UOL


São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 2003
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

poucas e boas

Nova insulina tem efeito de 24 horas

LILIANA FRAZÃO
EDITORA-ASSISTENTE DO EQUILÍBRIO

Até o final deste mês, deve chegar ao Brasil a única insulina que age no organismo durante 24 horas. Além de facilitar o cotidiano do diabético, que precisa aplicá-la apenas uma vez por dia, a insulina glargina melhora o controle da glicemia (taxa de açúcar no sangue).
Produzida pelo pâncreas, a insulina é um hormônio que ajuda a transportar o açúcar obtido pela alimentação para dentro das células. O diabetes tipo 1 ocorre quando o pâncreas não secreta insulina. No diabetes tipo 2, a produção é insuficiente ou o organismo não consegue utilizar o hormônio adequadamente.
Até agora, o tratamento exigia pelo menos duas aplicações de insulina de ação prolongada por dia, pois seu efeito dura cerca de 14 horas. Além disso, os produtos convencionais provocam picos de insulina no organismo que levam à hipoglicemia -a taxa de açúcar no sangue fica abaixo dos níveis normais, gerando sintomas como fome súbita, tontura, cansaço sem motivo aparente, suor excessivo e taquicardia. Indicada para os dois tipos de diabetes, a nova insulina reduz bastante o risco de hipoglicemia, pois seu nível no organismo se mantém estável durante todo o dia.
"A insulina glargina é um marco no tratamento do diabetes", afirma o endocrinologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Antonio Chacra, que é presidente da Associação Latino-Americana de Diabetes e vice-presidente da Federação Internacional de Diabetes. Alguns de seus pacientes estão usando o produto, importado dos EUA, há mais de um ano, com excelentes resultados, segundo o médico. "A nova insulina melhora a qualidade de vida dos diabéticos."
Por permitir um melhor controle da doença, a insulina glargina pode também reduzir as complicações decorrentes do diabetes, que, de acordo com Chacra, ainda são bastante comuns no Brasil. Estima-se que existam cerca de 5 milhões de brasileiros com diabetes. A doença é a principal causa de cegueira adquirida do país e pode gerar problemas cardiovasculares, falência renal e, no caso dos homens, impotência.


Doenças do aparelho circulatório são a principal causa de morte no Brasil, segundo o IBGE

"Tia, posso ir ao banheiro?"
Se depender de pesquisadores norte-americanos, a resposta para essa pergunta deve ser "sim" -pelo menos para alunos das duas primeiras séries do ensino fundamental. De acordo com estudo que será publicado na revista "Journal of Urology", proibir crianças com menos de nove anos de ir ao banheiro pode provocar problemas urinários.

Peixe para o coração
Comer, pelo menos duas vezes por semana, peixes ricos em ácidos graxos, como salmão e sardinha, reduz o ritmo cardíaco e a pressão arterial e aumenta a taxa de colesterol "bom". Essa foi a conclusão de pesquisa do Instituto Pasteur de Lille (França), que envolveu mais de 9.700 homens de 50 a 59 anos.

Desculpas sadias
Em "O Poder do Perdão" (256 págs., R$ 38,50, W11 Editores, tel. 0/xx/11/3812-3812), Fred Luskin, que coordena o Projeto para o Perdão, da Universidade de Stanford (EUA), explica como livrar-se de culpas e mágoas pode melhorar a saúde.

Amizade no trabalho
Muitas pessoas acreditam que agir de maneira impessoal no ambiente de trabalho é sinal de profissionalismo. Porém estudo publicado na revista "Journal of Personality and Social Psychology", realizado em conjunto por norte-americanos, sul-coreanos e chineses, constatou que os funcionários mais extrovertidos e amistosos são também os mais produtivos.

Tratamento para infertilidade
Estão abertas as inscrições para casais que queiram participar do Programa de Inseminação Artificial Intra-Uterina, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). O tratamento é gratuito; os pacientes pagam apenas os remédios. Informações pelo telefone 0/xx/11/3897-1345.


Texto Anterior: pergunte aqui
Próximo Texto: Orquestra da USP toca em hospitais
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.