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poucas e boas
Conselho de medicina quer restringir lipo
ANA PAULA DE OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Na tentativa de atenuar a banalização das cirurgias plásticas, na semana passada o Conselho
Federal de Medicina (CFM) deu um passo para
normatizar a lipoaspiração no país e formulou uma resolução que estabelece critérios para coibir a prática indiscriminada desse recurso cirúrgico.
"Queremos evitar as megalipoaspirações, que são
usadas para emagrecer, não para melhorar o contorno
corporal", afirma Ricardo José Baptista, conselheiro do
CFM e um dos autores da resolução.
O documento do CFM estabelece que, durante a cirurgia, o médico pode aspirar até 7% do peso corporal
com a técnica infiltrativa -que usa uma solução injetável para reduzir o sangramento- e até 5% se for não-infiltrativa. Além disso, a lipoaspiração não deve ultrapassar 40% da superfície corporal do paciente.
Outro objetivo da resolução é ressaltar a necessidade
de cumprir os prazos de recuperação. "O paciente só terá alta se estiver clinicamente bem e não de acordo com
sua conveniência", diz o cirurgião plástico Rodrigo
Mangaravite. "Também é obrigatório a presença de
anestesista durante toda a cirurgia."
"Os pacientes só podem ser operados em locais devidamente equipados e que atendam às necessidades e
complicações de uma cirurgia", diz Sérgio Carreirão,
presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica,
que orienta os futuros pacientes a não pressionarem os
cirurgiões para que excedam os limites da norma.
"Perdem aqueles que crêem que a lipo pode ser feita a
qualquer hora e perdem as clínicas que topam tudo. O
que os pacientes devem saber é que a lipo é uma cirurgia, que tem seus riscos, e deve ser encarada como tal",
diz o cirurgião plástico Luiz Ferrette Filho.
Baptista afirma que o conselho será rígido na fiscalização do cumprimento da nova norma. O médico que
não se adequar aos critérios estabelecidos na resolução,
diz Baptista, pode até ter seu diploma cassado. Denúncias devem ser apresentadas nos conselhos médicos regionais, que podem ser localizados no site do CFM
(www.portalmedico.org.br).
A asma mata 2.000 brasileiros por ano e é a quinta maior causa de internação hospitalar no país
Sem suar
Se o objetivo é emagrecer, não é preciso dedicar-se a exercícios pesados
e adotar dietas rígidas. Caminhar durante meia hora diariamente é suficiente para
perder os quilos extras ou manter o peso adequado, mesmo se não houver mudança nos hábitos alimentares, sugere pesquisa da Universidade Duke (EUA), que envolveu 120 obesos sedentários de ambos os sexos.
Dor e depressão
A incidência de depressão e de distúrbios de ansiedade é
maior entre pessoas que sofrem constantemente de dores de cabeça matutinas. A
conclusão é de estudo realizado com mais de 18 mil pessoas em vários países da Europa e publicado na revista médica "Archives of Internal Medicine".
Pelo direito de ir e vir
A Comissão Permanente de Acessibilidade, da Secretaria Municipal da Habitação e Desenvolvimento Urbano de São Paulo, lançou o "Guia para Mobilidade Acessível
em Vias Públicas", que mostra como garantir a movimentação de
pessoas com deficiência nos espaços públicos. Gratuito, o livro pode ser solicitado pelo e-mail cpa@prefeitura.sp.gov.br.
Fertilidade em baixa
Ter o primeiro filho por meio de cesariana pode afetar a fertilidade, indica pesquisa publicada na revista científica "British Medical
Journal". Cerca de 20% das mulheres analisadas que se submeteram a cesariana
apresentaram dificuldade para engravidar novamente; entre as gestantes que tiveram seu primeiro filho por parto normal, esse percentual foi de apenas 5%.
Palestra sobre psoríase
Mensalmente, o Centro Brasileiro de Psoríase,
em São Paulo, realiza palestras gratuitas sobre essa doença crônica de pele, que provoca descamação e manchas avermelhadas. As próximas acontecerão nos dias 28/1
e 18/2, às 19h30. Mais informações podem ser obtidas pelo tel. 0/xx/11/3875-2133.
Contrato prevê dicas de saúde
Um dos seguros individuais que
têm encontrado boa aceitação é o
específico para mulheres, disponível em várias seguradoras. O
ponto em comum entre eles é a
cobertura para câncer de mama,
mas geralmente oferecem outros
benefícios que podem ser usufruídos quando a segurada está saudável, como consultoria nutricional e informativos médicos com
dicas de prevenção.
Segundo Ana Borges dos Santos, 55, o seguro para mulheres
não só lhe deu uma sensação
maior de segurança, como melhorou sua qualidade de vida.
"Usei os cardápios enviados pela
nutricionista do seguro e consegui emagrecer 9 kg do ano passado até agora."
Há seguros para mulheres com
mensalidades a partir de R$ 10 e a
carência varia de empresa para
empresa -o período máximo é
de 60 dias. Em caso de confirmação de câncer, a prestadora de serviço demora de 15 a 30 dias para
iniciar o pagamento das indenizações de acordo com a apólice.
Por enquanto, os seguros específicos para câncer de mama são
uma exclusividade feminina, porque, segundo as seguradoras, o
homem brasileiro é muito preconceituoso. "Ainda não dá para
criar um produto para o câncer de
próstata", afirma Patrícia Filippini, gerente de produtos da Itaú Seguros.
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