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Poucas e boas
Veneno de cobra contém cicatrizante para infarto
Uma proteína encontrada
por pesquisadores no
veneno da serpente urutu
(Bothrops alternatus) demonstrou em testes possuir
potencial para atuar como
cicatrizante e regeneradora
de tecidos lesados, como
ocorre nos casos de infarto
do miocárdio.
Chamada de alternagina-C ou ALT-C, a toxina isolada
do veneno tem capacidade
tanto de estimular quanto de
inibir a formação de novos
vasos sangüíneos. "São dois
efeitos opostos", observa a
professora Heloísa Sobreiro
Delistre de Araújo, do departamento de ciências de fisiológicas da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e coordenadora de um
grupo que pesquisa venenos
de serpentes para isolamentos de compostos naturais e
para possíveis aplicações farmacêuticas.
Se empregada em baixas
concentrações, a alternagina-C proporciona o surgimento de novos vasos -capacidade útil para o tratamento de problemas resultantes de vascularização inadequada. Esse efeito aponta
caminhos para a recuperação de tecidos lesados por infarto do miocárdio e para a
cura de feridas de difícil cicatrização, muito freqüentes
nos membros inferiores de
portadores de diabetes.
Já a inibição do surgimento de vasos, que é obtida pela
aplicação da proteína em
concentrações elevadas, pode ser benéfica para combater câncer e metástases.
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