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poucas e boas
Novo medicamento combate osteoporose
GABRIELA SCHEINBERG
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Os aproximadamente 11 milhões de brasileiros
que sofrem de osteoporose poderão contar, a
partir do segundo semestre, com nova arma
para o tratamento da doença. O medicamento, uma
versão sintética de um hormônio produzido pelo corpo, foi apresentado durante o Congresso Mundial de
Osteoporose, realizado neste mês, em Portugal.
"Essa droga consegue conservar a massa óssea e até
promover seu aumento", explica o médico Sebastião
Radominski, presidente da Sociedade Brasileira de
Reumatologia.
A osteoporose é uma doença caracterizada justamente pela perda de massa óssea, o que facilita a ocorrência
de fraturas. As mais comuns são as fraturas do quadril
-que exigem tratamento cirúrgico em 95% dos casos- e das vértebras.
A queda na produção dos hormônios sexuais, que
protegem os ossos, é uma das causas para o aparecimento da doença. Por isso a osteoporose atinge principalmente mulheres na pós-menopausa. Nos homens,
como a queda da produção hormonal é menos acentuada, a incidência da doença é menor.
A nova droga apresentada durante o congresso é uma
versão sintética de um hormônio chamado paratormônio (PTH). A ação do PTH está relacionada ao cálcio
presente no organismo. Além de ser empregada para
formar a massa óssea, essa substância tem outras funções, participando, por exemplo, das reações químicas
que geram os movimentos. O equilíbrio entre a quantidade de cálcio que deve circular no sangue e a que deve
ficar depositada nos ossos é realizado pelo PTH.
"Quando esse hormônio é administrado regularmente, ele inibe a perda de massa óssea", explica Radominski. O tratamento é feito por meio de injeções diárias e
mostrou resultados benéficos tanto em homens como
em mulheres. "Desconhecemos os mecanismos exatos
que estão por trás dessa droga, mas sabemos que ela
funciona", diz o médico.
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