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poucas e boas
Exercícios alternados beneficiam idosos
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Exercícios com mais peso e menos repetições. Esse é o modelo de aula de musculação mais adequado para os idosos, pois não sobrecarrega o
sistema cardiorrespiratório. Essa é a conclusão de uma
pesquisa realizada por Wallace Monteiro, coordenador
do laboratório de fisiologia do exercício da Aeronáutica
e professor de educação física na academia Espaço Stel-la Torreão, ambos no Rio de Janeiro. O estudo indicou
que cargas mais pesadas e movimentos mais variados
resultam em uma elevação menor da pressão arterial e
da frequência cardíaca.
Segundo Monteiro, professores que trabalham com
idosos frequentemente priorizam as séries de exercícios
com repetições de movimento, já que se acreditava que
cargas maiores poderiam ser prejudicais a esses alunos.
"Agora, com a pesquisa, percebemos que isso não é verdade", afirma Monteiro.
A pesquisa avaliou 20 mulheres com idades entre 65 e
82 anos que já praticavam atividade física sob supervisão de professores. A pressão arterial e a frequência cardíaca foram medidas após diferentes séries de exercício.
Esses dados foram usados para calcular o produto duplo, um indicador do benefício cardiorrespiratório.
"As séries fracionadas, com alternância de movimentos de braço e perna após poucas repetições, foram as
que apresentaram melhor resultado", diz Monteiro. O
pequeno intervalo necessário para alternar os movimentos, segundo ele, já é suficiente para que haja uma
redução na pressão arterial e na frequência cardíaca.
Ginástica com peso e musculação ajudam a aumentar
a massa muscular, o que retarda a diminuição da resistência física do idoso. Para que haja um ganho significativo, é preciso realizar os exercícios pelo menos duas a
três vezes por semana, sempre sob orientação de um
professor especializado.
Os idosos também devem praticar exercícios aeróbios, como caminhadas, e de flexibilidade, como alongamentos. "A atividade física permite que o idoso tenha
mais autonomia, o que melhora sua qualidade de vida",
diz Monteiro.
(GABRIELA SCHEINBERG)
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