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O que ajuda na comunicação com quem não ouve
* Comunicar-se com quem não ouve exige, primeiro, o conhecimento das suas especificidades de comunicação. Os surdos não são
iguais: alguns fazem leitura labial
muito bem, outros só sabem comunicar-se por sinais, e outros comunicam-se das duas formas.
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Gritar é uma atitude inadequada ao extremo e também a mais típica entre ouvintes desavisados
quando tentam comunicar-se com
um surdo. A tática é ineficaz e, muitas vezes, causa constrangimento
por ser interpretada pelo surdo como uma ofensa a ele.
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Outro erro é falar de maneira
muito vagarosa, repetindo a frase
várias vezes, abrindo e fechando a
boca exageradamente, com a intenção de facilitar a leitura labial. É
um engano pensar que essa tática
ajuda.
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O surdo, até mesmo o oralizado,
pode não ter um vocabulário extenso. Portanto fale normalmente
e, se perceber que ele não entendeu, use um sinônimo. Em vez de
automóvel, fale carro, por exemplo, afirma a fonoaudióloga Clay
Rienzo Balieiro, da Derdic (Divisão
de Educação e Reabilitação dos
Distúrbios da Comunicação, da
PUC-SP).
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Manter o rosto voltado para o
surdo quando estiver falando com
ele é imprescindível. Não apenas
para deixar os lábios visíveis. A comunicação com um deficiente auditivo usa todas as outras pistas
que ajudam nesse processo, como
a expressão facial. "Por isso é comum falarem que o surdo fica
olhando de maneira diferente o
rosto das pessoas", diz a fonoaudióloga Luisa Barzaghi, da Derdic.
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Ao se comunicar com um surdo,
não espere que ele seja mudo. Lembre-se de que todos têm cordas vocais e podem desenvolver a fala se
treinarem.
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Para quem não ouve, a expressão facial ajuda a captar sutilezas
da comunicação transmitidas pela
voz, como o tom irônico de uma
frase, por exemplo. E atenção: pela
expressão facial, dizem as fonoaudiólogas, os surdos costumam perceber com facilidade quando alguém está falando alguma coisa
"da boca para fora", por exemplo.
"A expressão denuncia certos sentimentos", diz Barzaghi.
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