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Os opostos se atraem
Jovens e velhos têm mais
características em comum
do que se pensa. Enquanto os primeiros ainda testam o mundo, os idosos já
deixaram muita coisa para trás.
Pensando na possibilidade de aproximação dos
grupos, a psicóloga Sonia
Fortuna, mestre em gerontologia pela Unicamp,
desenvolveu todo um trabalho de pesquisa.
"A relação com os netos
é sempre mais próxima do
que o envolvimento entre
filhos e pais. Existe uma
troca de gerações. O que
acontece é que tanto idosos como jovens passam
por mudanças, desordens
e desequilíbrio. É engraçado, mas o que o adolescente ainda não pode fazer o
idoso não pode mais", diz
a psicóloga.
O estudante de administração Leonardo Novaes,
20, é o mais próximo das
avós de sua família. Uma
delas tem Alzheimer, a
outra é superativa.
"Quando tinha 15 anos,
percebi que elas já não me
ouviam como antes e se
tornaram repetitivas. No
começo, não tinha paciência", diz o estudante, que
visita as duas avós quase
todos os dias.
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