|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ganho de desempenho é controverso
Segundo pesquisas apresentadas pelos fabricantes,
as roupas de compressão
mostram ganhos de potência
muscular que variam de 5% a
12%, melhora da acuidade
dos movimentos em 70% e
maior remoção de lactato
(substância responsável pela
fadiga durante o exercício).
Já um estudo da Universidade de Indiana, nos EUA,
com 16 corredores de longas
distâncias, e apresentado em
um congresso científico em
junho deste ano, não achou
diferenças na economia ou
na eficiência do exercício
com o uso de meias ou polainas de compressão.
A Sociedade Brasileira de
Medicina do Exercício e do
Esporte não tem uma posição
sobre o assunto. Segundo o
presidente, o médico José Kawazoe Lazzoli, são necessários mais estudos. "É como a
discussão dos tênis de corrida. Há quem oriente para o
modelo adequado à pisada,
enquanto outros dizem que o
melhor é até correr descalço.
Essa imprecisão estimula o
marketing boca-a-boca entre
usuários, e quem ganha são
os fabricantes", diz o treinador Fábio Rosa, da MPR assessoria esportiva.
A popularidade desses
acessórios aumenta quando
algum fato reforça impressões sobre sua eficiência.
Em 2003, a maratonista inglesa Paula Readcliff bateu o
recorde mundial feminino
dos 42 km na Maratona de
Londres usando polainas
compressivas até os joelhos.
"Não se comprovou a influência delas no recorde,
mas influenciou outros corredores", diz Ricardo Hirsch,
que também tem as suas.
"Muitas vezes, o atleta só
precisa acreditar. O benefício
da roupa também pode ser
psicológico", afirma.
Centro de discussão foi o
traje LZR Racer, da Speedo,
responsável por 108 quebras
de recordes na natação, em
2008. Por trás da sua ação estava maior flutuabilidade e
menor atrito com a água,
mas também a compressão:
de tão justo, exigia ajuda para ser vestido. Mesmo sem
consenso sobre seu poder,
foi banido das competições.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Neuro - Suzana Herculano-Houzel: Receita para envelhecer bem Índice
|