São Paulo, terça-feira, 25 de janeiro de 2011
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frases

"Sempre quis ser mãe, mas acabei tendo vários casamentos, todos duraram mais ou menos um ano.
Tenho endometriose,émais difícil engravidar. Acabou nunca dando certo. Então, resolvi convidar um ex-namorado para fazer fertilização in vitro comigo.
Sempre me dei bem com meus ex-namorados.
O pai das gêmeas "é assim que eu digo, ou então chamo pelo apelido mesmo, ‘Fralda’" está solteiro. Eu também. Não fomos casados, moramos juntos há mais de dez anos.
Continuamos amigos. É um relacionamento que já tem respeito e carinho, é uma pessoa em quem eu confio.
Quando minhas amigas souberam que eu estava grávida, ficaram emocionadas. Todos sabiam que eu queria muito.
Quem não me conhece, quando sabe, acha estranho.
Já acertamos como vai ser depois que as gêmeas nascerem. Deixamos claro que cada um pode se relacionar comquem quiser.
Moro com um amigo. Não quero criar minhas filhas sozinha. Sei que elas precisam conviver com outras pessoas. Tenho vários amigos e o ‘Fralda’ quer ser um pai presente."

Joana Ceccato, 40, locutora, grávida de cincomeses

"Sou a mulher do pai. Não sou madrasta nem sou parente das crianças. Que direitos e deveres eu tenho?"
Fernanda Borges, filósofa

"Uma família tradicional pode criar monstrinhos, e um casal no segundo casamento pode se sair muito bem"
Flávia Stockler, terapeuta familiar

"A única que não foi por esse caminho [de ter vários casamentos] fui eu. Me casei uma vez e me separei, mas minhas filhas se separaram e casaram de novo. Acabo criando um vínculo com os novos maridos e com os filhos deles.
Não os considero como netos, considero como se fossem sobrinhos.
Mas são pessoas da família. Os ex-genros também são da família, apesar de não termos muito contato.
Hoje, não adianta a gente achar que tem que casar e ficar junto para sempre. Não é mais assim. O mundo está diferente.
Todo mundo tem que ter uma segunda chance. Mas não é para casar e descasar várias vezes também.
Acho que o Daniel [o neto] entende isso tudo. Na época em que as mudanças aconteceram, ele sempre perguntava sobre os novos vínculos.
Ele é curioso e tem uma cabeça boa. Gosta de ter família grande. Só acho que, às vezes, fica confuso. Outro dia, teve que fazer uma árvore genealógica na escola e pediu ajuda da mãe. Não sabia se colocava os tios antigos ou os atuais."

Cristina Vasconcellos, 58, professora de dança, avó de Daniel

"Faz seis anos que estou com o Thiago. Engravidei com três meses de namoro.
Na época, pensei: ‘Não quero morar junto comuma pessoa que não conheço’. Continuamos juntos, mas em casas separadas. Depois que o Guilherme nasceu, toda vez que pensamos em morar juntos, não deu certo. Primeiro, ele foi trabalhar no interior e eu fiquei em São Paulo. Depois, ele voltou, mas acabou sendo demitido.
Ele ficou na casa da mãe dele e eu na casa da minha. Moramos eu, Guilherme, minha mãe, minha avó e minha irmã. Meu filho diz que a família dele é papai, mamãe, vovó, tia e bisavó.
Meus pais são separados e a mãe do meu marido é viúva. Meu filho nunca viu pais morando com filhos na mesma casa. Ele pergunta: ‘A vó foi casada com o vô? Não acredito!’.
Pergunta também se eu e o Thiago somos namorados. Ele é meu marido. Acho que passou a ser marido de três anos para cá. Antes era namorado. Mas não somos casados. Neste ano nosso apartamento vai ficar pronto.
Meu filho vai achar esquisito morar só nós três."
Mônica Fontes, 33, professora


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