São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 2006
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Gravidez após 40 anos pede pré-natal específico

Cada vez mais freqüente, a gravidez após os 40 exige cuidados especiais. Em sua tese de doutorado na USP (Universidade de São Paulo), a obstetra Tânia Regina Schupp avaliou 281 gestantes entre 40 e 48 anos.
Houve abortamento espontâneo em 6% dos casos (estudos apontam, para grávidas até 35 anos, 0,8%). A pesquisa indicou, também, 19,2% de incidência de diabetes e 14,6% de incidência de hipertensão especificamente ligados à gravidez. São taxas altas -no caso da diabetes, cerca de sete vezes a de mulheres entre 20 e 30 anos; no caso da hipertensão, quase uma vez e meia a taxa de gestantes até 35 anos. Mas são complicações que um pré-natal específico pode ajudar a detectar e tratar.
Das gestantes estudadas, 88% já tinham pelo menos um filho. As que não haviam passado por partos apresentaram maior prevalência de malformações e índices mais baixos de Apgar (nota dada ao estado de saúde dos recém-nascidos no primeiro e no quinto minutos de vida).
Outros riscos da gestação nessa idade são, para o feto, anormalidade cromossômica, baixo peso e maior chance de morte ou de internação na UTI. Entre as mulheres com mais de 45 anos estudadas, mais fetos morreram.
Dados do Ministério da Saúde informam que, dos bebês que nasceram no país em 1996, 1,75% eram de mães com mais de 40 anos. Em 2002, esse total foi de 1,95%.


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