São Paulo, terça-feira, 27 de setembro de 2011
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LINGUAGEM

NARCISISMO
Este conceito é trabalhado em diferentes contextos dentro da pscicanálise, mas significa, basicamente, amar a si mesmo. O termo narcisismo denomina uma fase da infância em que as crianças buscam o próprio corpo como fonte de prazer, mas também pode identificar o distúrbio que faz a pessoa egoísta se interessar apenas por ela mesma. A expressão foi usada por Freud pela primeira vez para explicar o homossexualismo, isto é, quando um indivíduo busca um parceiro sexual parecido com ele.

INCONSCIENTE
Estrutura psíquica constituída por conteúdos recalcados que não chegam à consciência. Conceito mais fundamental da teoria freudiana, pressupõe que a maior parte da vida psíquica de uma pessoa permaneça em um nível que não obedece à racionalidade. Segundo Freud, é no inconsciente que ficam guardados os desejos reprimidos. Grande parte do comportamento e das decisões de uma pessoa seriam fruto do trabalho do inconsciente.

ASSOCIAÇÃO LIVRE
Método de investigação do inconsciente em que o paciente é estimulado a falar tudo que lhe vier à cabeça, sem se preocupar se faz ou não sentido. O objetivo da técnica é descobrir as cadeias associativas que formam o pensamento mais primitivo de cada pessoa, para entender como ela raciocina antes que as ideias passem pelo filtro da autocensura.

COMPLEXO DE ÉDIPO
Ponto central da teoria freudiana. É o conjunto de sentimentos afetivos e hostis que a criança tem em relação aos pais. O caso clássico é o do menino que sente atração pela mãe e ódio pelo pai, visto como rival. Esse complexo seria universal e atingiria meninas (para isso, Jung criou o termo "complexo de Electra") e crianças vindas de organizações familiares diferentes.

INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS
Para Freud, os sonhos são projeções do inconsciente. No sono, haveria uma indulgência da censura que permitiria o acesso a desejos recalcados na vigília. Ao ouvir o relato de um sonho, o analista poderia interpretá-lo de maneira semelhante à interpretação de uma associação livre. Por isso a psicanálise clássica dá tanta importância aos sonhos: eles seriam a associação livre praticada todos os dias, por todo mundo.

INVEJA DO PÊNIS
A fase da infância em que a menina percebe que os meninos têm pênis e ela, não, é o elemento essencial da sexualidade feminina, para Freud. A partir desse momento, as mulheres experimentariam um complexo de castração e um sentimento de inveja e desejo em torno do pênis. Na idade adulta, essa inveja evoluiria para uma vontade de possuir um pênis dentro de si por meio do sexo ou da gestação de um filho. Quando mal resolvida, a inveja poderia gerar sintomas neuróticos ou complexo de masculinidade.

EGO, ID E SUPEREGO
Para explicar o funcionamento da mente, Freud concebeu uma estrutura com três níveis interligados. O ego é o primeiro andar dessa estrutura e simboliza a parte organizada do sistema, aquela que atua na realidade externa e tenta se adaptar a ela. O id é a fonte das memória reprimidas e dos impulsos instintivos, dominados pelo princípio do prazer e do desejo imediato e inconsequente. O superego, por fim, é uma espécie de juiz e vigilante do comportamento. Funciona como a autoconsciência moral da personalidade.

BISSEXUALISMO
Na psicanálise, o termo bissexualidade nem sempre se refere a uma pessoa que tem interesse sexual pelos dois gêneros. Para Freud, todo ser humano traz dentro de si características femininas e masculinas, assim como desejo pelos dois sexos. Ao longo da formação, o mais comum é que uma dessas características se sobressaia, enquanto a outra é dominada, gerando um recalque no inconsciente com o qual é preciso lidar.

PULSÕES
É um estado de tensão ou de excitação análogo aos impulsos instintivos que orienta o comportamento em direção à satisfação de um desejo primário que a pessoa nem sempre consegue identificar. Inicialmente, Freud postulou duas pulsões: a sexual e a de autoconservação. Depois, agrupou essas duas na categoria de pulsões sexuais, contrapondo-as à pulsão de morte.


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