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São Paulo, quinta-feira, 28 de agosto de 2003
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ONG combate controle por câmeras

Métodos tradicionais, como espirrar na lente jatos de tinta com armas de brinquedo, têm efeito satisfatório, além de ser "econômico e divertido". Mas, para danificar de verdade o circuito interno de câmeras, mire apontadores de laser na direção das lentes.
As dicas acima são da Surveillance Camera Players (www.notbored.org), organização criada, em 1995, exclusivamente para o combate da utilização de câmeras em locais públicos.
A ONG mapeia a localização dos equipamentos de vigilância instalados na ilha de Manhattan, em Nova York, e oferece turnês para indicar esses pontos. Os ativistas também encenam peças de repúdio e fazem protestos com cartazes que trazem inscrições como "Estou apenas indo trabalhar" ou "Por que há câmeras na igreja?". As ações, claro, são sempre exibidas de frente para as câmeras, em especial para as instaladas nas principais avenidas de Nova York.
A organização alega que as câmeras de vigilância não diminuem a criminalidade, apenas transportam os crimes para locais onde não há o controle.
Segundo levantamento do grupo, há hoje, em Manhattan, aproximadamente 6.000 câmeras monitorando os passos dos cidadãos. "Muitas delas sem nenhuma finalidade a não ser a de espionar e catalogar a população", disse o líder do movimento, Bill Brown, em "Sociedade da Vigilância", documentário sobre o crescimento do uso de câmeras de segurança exibido há duas semanas no canal da TV paga AE Mundo.
Segundo a ONG, a prática viola o direito de privacidade do cidadão, além de não existirem profissionais suficientes para assistir a essas imagens 24 horas por dia.


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