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Morador local é o principal comprador dos condomínios
COLABORAÇÃO PARA A FOLHASe em cidades mais próximas de São Paulo os condomínios atendem a um "público flutuante", de temporada, nas mais distantes os moradores locais são os principais compradores desses empreendimentos.
Até mesmo cidades universitárias como São Carlos (a 232 km) e Bauru (a 329 km) veem o número de casas em condomínios crescer, mas para atender a quem já está instalado na cidade --e não à leva de estudantes que chegam todos os anos.
"Boa parte dos lotes é vendida para estudantes e suas famílias, que permanecem na cidade após o termino da faculdade. Mas o maior número de unidades ainda fica com moradores da cidade", diz o diretor-superintendente da Damha Urbanizadora, José Paranhos.
O empresário Valdemir Aparecido de Moro, 47, deixou a capital e vive hoje em um condomínio em São Carlos, cuja vida noturna o fisgou. "Nós gostamos muito de comer bem, de ouvir boa música, beber com os amigos. A cidade oferece tudo isso, mas sem o medo da metrópole."
Há 59 anos em Araraquara, a corretora Maria Helena Staufacka já morou em apartamento e casa, mas diz que só encontrou o que buscava --espaço e tranquilidade-- em um loteamento.
"Desde 2000, aparecem condomínios na cidade, e o perfil do centro, onde eu morava, mudou e ficou comercial. Foi quando decidimos comprar um lote fechado", diz. "Estamos a duas horas de São Paulo, em uma cidade plana, arborizada e agradável." (PC)
