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Menos fiéis e mais distantes
Papa Francisco chega ao Brasil num momento em que o catolicismo luta para reagir ao declínio acentuado que sofreu nas últimas décadas
Quando o papa Francisco chegar amanhã ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, desembarcará em um país ainda majoritariamente católico --57% da população, segundo o Datafolha--, mas onde a presença do catolicismo diminuiu de forma acentuada com o avanço dos evangélicos nas últimas décadas. Francisco encontrará fiéis que pouco vão às missas, contribuem financeiramente com a igreja em proporção menor que os evangélicos e são bem mais tolerantes em relação a temas como o casamento gay e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo, alvos da condenação do Vaticano. O papa chega ao país num momento histórico particular, marcado pela onda de protestos que começou a sacudir o país em junho e na semana passada voltou a assustar as autoridades envolvidas com a segurança do papa e os preparativos da Jornada. Os organizadores esperam receber mais de 5 milhões de fiéis do mundo inteiro. Se as expectativas dos líderes da Igreja Católica no país se confirmarem, a primeira viagem internacional de Francisco e os eventos da Jornada se transformarão em símbolos da nova direção que o papa quer imprimir à igreja para reagir à perda de fiéis.