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Aula de idiomas pode ser mais eficaz pela internet

Interação virtual facilita troca de informações

REBECA DE MORAES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um executivo fica parado mais de uma hora no táxi até chegar ao aeroporto para uma viagem a trabalho. Ele liga para o professor de inglês e usa o tempo para uma aula de conversação.

Quem atende a essas ligações é José Moreira da Silva 54. Morador da zona Sul de São Paulo, ele dá aulas via Skype há sete anos.

Assim como ele, muitos dos professores particulares que costumavam se deslocar para as aulas agora usam programas de conversação gratuitos na internet em suas aulas, o que anula o tempo de deslocamento.

Silva conta que começou as classes virtuais por achar que o método pode ser mais eficaz que aulas presenciais.

"Em vez de passar meia hora descrevendo uma palavra, posso enviar o link de uma imagem e o aluno logo entende", diz Silva, que tem alunos morando em São Paulo, Miami e Cairo.

Entre os educadores autônomos, os professores de idiomas estão entre os que mais têm tirado proveito da educação a distância.

Na Cia de Idiomas, empresa de recrutamento de professores, cerca de 30% dos cursos vendidos para empresas são realizados dessa forma.

"É um método que dá bons resultados porque permite o fundamental para o ensino, a interação e a comunicação entre aluno e professor", diz Rosangela Souza, sócia-diretora da empresa.

Mas um bom professor que usa esse sistema deve ter perfil de liderança, aponta a empresária. "O profissional tem de estar em comunicação constante com o aluno, falar sempre, direcionar, ou o curso não acontece."

Nesse mercado, é fundamental estar disponível para negociar o curso com o aluno, aproveitando as ferramentas on-line para ultrapassar as barreiras que há numa escola. Manter contato fora do horário da aula, mandando mensagens ou e-mails, fazem com que o professor ganhe pontos.

Em uma cidade com o trânsito de São Paulo, um docente que troca a aula presencial pelo Skype pode economizar o tempo e o dinheiro gastos no deslocamento, e ganhar a mesma coisa do que se estivesse cara a cara com o aluno.

Entre os professores ouvidos pela Folha, a média cobrada é de R$ 60 por aula.

Jediel Gonçalves, 32, mora em Marselha, na França, e dá aulas para brasileiros que estão no Brasil, na Inglaterra, nos EUA e no Marrocos.

"Consegui manter aqui o mesmo trabalho que eu tinha no Brasil, e fazer isso gastando pouco tempo do meu dia", conta o professor, que cursa um doutorado em língua e literatura francesa.


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