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Investimentos em negócios sociais são raros na fase inicial

Fundos e aceleradoras evitam aportes no começo de projetos, considerados de risco mais elevado

Alternativa para capitalização é buscar doações de fundações e de outras entidades filantrópicas

DE SÃO PAULO

Os negócios sociais têm acesso a apoiadores específicos, como fundos de investimento e aceleradoras (grupos que oferecem consultoria para empresas iniciantes) que apostam no setor. Mas é mais difícil conseguir aportes no começo do projeto.

"De 300 fundos globais que atuam no setor, apenas dez investem no estágio inicial", afirma Rebeca Rocha, coordenadora da Ande (rede do instituto de pesquisas Aspen que fomenta o empreendedorismo) no Brasil.

Segundo ela, isso acontece porque esses negócios são de alto risco, especialmente por lidar com inovação tanto no produto como na forma de oferecê-lo.

Para ela, por ser mais difícil atrair investidores convencionais antes de a empresa demonstrar algum potencial, doações realizadas por fundações e outras entidades filantrópicas poderiam fazer esse papel.

Guilherme de Almeida Prado, 36, diz que teve essa necessidade. Ele criou no ano passado a Konkero, que oferece conteúdo sobre finanças pela internet e serviços bancários voltados para o público de baixa renda.

A empresa possui uma rede de correspondentes bancários treinados para levar ao público diferentes produtos oferecidos por bancos.

A diferença em relação a um negócio tradicional, segundo Prado, é que os profissionais são orientados a mostrar todas as vantagens e as desvantagens de cada produto, sem se preocupar com as comissões que a companhia recebe.

Segundo ele, montar seu primeiro negócio, uma agência de promoção de eventos, foi mais fácil. "Em um negócio social, você gasta mais tempo e dinheiro até definir como será a atuação", diz.

Prado está negociando com fundos de investimento para ampliar a atuação da organização e quer um sócio com a mesma visão.

"Teria que ser um fundo dessa área [de negócios sociais], para não desvirtuar o propósito da empresa."

Daniel Izzo, sócio do fundo de investimento Vox Capital, que faz aportes nesse tipo de empresa, aponta um crescimento expressivo do setor, com cerca de R$ 500 milhões disponíveis para serem investidos:

"Quando começamos o fundo, em 2009, só nós éramos interessados nesse segmento, com R$ 5 milhões para investir. Hoje já são cerca de dez fundos nacionais e internacionais".


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