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Investidor quer oferecer mais que dinheiro

Quem banca um negócio pelo modelo de financiamento coletivo também deseja ser ouvido sobre rumos da companhia

Há proprietários de empresas, no entanto, que consideram que sugestões podem desviar a atenção

DO "FINANCIAL TIMES"

Até recentemente, os únicos investimentos de Gilberto Tarantino haviam sido realizados em seu negócio: uma pequena distribuidora de cerveja no Brasil. Então ele descobriu o "crowdfunding" --o método de financiamento coletivo no qual milhares de pessoas bancam um negócio com pequenas contribuições, coordenadas pela internet.

Foi assim que ele se tornou um dos 6.000 investidores a capitalizar a BrewDog, uma fabricante escocesa de cerveja. E está encarando seu papel com seriedade.

Ele dedica tempo todos os dias para ler o blog da empresa e conversar regularmente por telefone com um dos fundadores. Entusiasmou-se tanto que planeja abrir o primeiro bar sul-americano da companhia, em São Paulo. "Creio que meu papel seja propagar o movimento da cerveja artesanal e tentar tornar a BrewDog melhor do que já é, como marca."

Ele não está sozinho. Esse modelo de financiamento coletivo vem ganhando popularidade como forma de conexão com investidores-anjo amadores, como Tarantino, que desejam fazer mais do que apenas aplicar dinheiro em um negócio.

Companhias e indivíduos em todo o mundo levantaram 1,7 bilhão de libras (cerca de R$ 6 bilhões) em capital junto ao público em 2012, um aumento de 81% ante o ano anterior, de acordo com o grupo de pesquisa Massolution.

No entanto, nem todos os esquemas de "crowdfunding" oferecem aos seus investidores os mesmos níveis de recompensa ou envolvimento. Para alguns proprietários de empresas, as sugestões de milhares de interessados não são algo desejável.

A Seedrs, uma plataforma britânica especializada nesse método de financiamento coletivo, por exemplo, tenta simplificar a administração ao incorporar todos os investidores a uma "estrutura de representação" única. Assim, aqueles que estão arrecadando fundos precisam tratar apenas com a Seedrs.

DESVIO DE ATENÇÃO

Foi a abordagem escolhida por Brian Taylor, fundador da PixelPin, que desenvolve um sistema para uso de imagens, e não senhas, como recurso de segurança.

Ele diz que aprecia a validação implícita do seu modelo de negócios que os milhares de investidores conquistados oferecem. Mas gosta do fato de que a estrutura de cotas criada pela Seedrs significa que não precisa manter contato direto com os investidores. "Para ser honesto, se tivéssemos de atender aos inúmeros contatos que outros projetos atendem, isso desviaria nossa atenção."

Jeff Lynn, presidente-executivo da Seedrs, argumenta que muitas das pessoas que se deixam atrair pelo "crowdfunding" não querem se envolver demais, porque lhes falta tempo para microgerenciar um pequeno investimento ou dedicar horas a interagir com os fundadores.

"Há profissionais liberais que adorariam criar um negócio próprio, mas têm empregos bem pagos e lhes falta tempo e energia para outros projetos."


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