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Projetos paralelos originam 'negócios filhotes' de empresas

Produtos criados a partir de necessidades internas das companhias crescem e se tornam independentes

Estratégia permite que solução já testada por funcionários seja desenvolvida com mais foco, diz especialista

DE SÃO PAULO

O Runrun, um software que permite que gerentes de uma empresa controlem as tarefas de cada funcionário, nasceu apenas como um sistema de gestão para profissionais da Aorta, uma produtora de aplicativos móveis.

A princípio, a plataforma não seria oferecida ao mercado. Era algo para consumo interno, mas acabou dando origem a uma empresa independente que hoje tem 3.000 clientes em 39 países.

"Vimos que tínhamos atacado um problema que existia em várias empresas", diz Patrick Lisbona, 38, um dos sócios do negócio.

Lisbona e outros dois sócios eram donos da Aorta, comprada pelo Grupo.Mobi em 2012. Hoje, eles se dedicam apenas à Runrun.

A Talent Sentiment também nasceu do crescimento de uma empresa maior, a Recruiter, consultoria especializada em recrutamento de profissionais.

Sócio das duas empresas, Othamar Gama Filho, 32, conta que a Talent surgiu como um projeto pessoal, para que pudesse se manter próximo do que estavam pensando os funcionários.

Na plataforma, funcionários podem colocar anonimamente suas impressões sobre a companhia, além de responder perguntas feitas por seu chefe.

"O gestor fica com a alma da empresa na mão."

Depois de testada e aprimorada durante um ano, a Talent Sentiment é agora uma empresa a parte com equipe de cinco funcionários. Ainda em fase inicial, deverá lançar seu produto em setembro no mercado americano e depois no Brasil.

DESENVOLVIMENTO

Silvio Paixão, professor da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), diz que isso é válido porque as empresas têm tempo para testar bastante a solução antes de lançá-la.

Fazer com que esse novo produto se torne um negócio independente permite compreender quais são seus desafios, diz. "Se não é feita a separação, pode-se criar discussões sem fim sobre qual departamento é responsável por cada custo."

Também há uma questão tributária a ser levada em conta. Empresas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões podem recolher a maior parte de seus tributos pelo Simples Nacional, regime simplificado de tributação para micro e pequenas empresas, o que implica redução de carga tributária e burocracia.

Para o especialista, essa mudança fiscal é relevante, mas não deve ser o mais importante na hora de se optar pela opção de separar as empresas ou não.


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