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Uruguaio que não gostava de luta cria marca famosa no MMA

Calcada em 'testosterona', Pretorian é vendida em seis países

LEONARDO FILOMENO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,

Ruy Drever, 41, achava que lutas eram "coisa de bad boy'" e de "pessoal que queria sair na porrada". Hoje, o uruguaio radicado há mais de 30 anos no Brasil dirige uma das marcas mais conhecidas no mundo do MMA (artes marciais mistas), a Pretorian, que já patrocinou nomes como Minotauro e José Aldo.

São produtos como luvas, protetores de perna e roupas ligadas ao universo da luta.

Ex-fumante, já atuou em empresas como Souza Cruz e Microsoft e foi distribuidor licenciado das máquinas fotográficas Yashica. O empresário só começou a praticar lutas depois de muita insistência de um amigo. Acabou tomando gosto e viu ali uma oportunidade de negócios.

"Percebi o quanto era difícil achar material de artes marciais, pois tudo ou era de má qualidade ou o preço a pagar era abusivo. Faltava estratégia de marketing e posicionamento", diz.

Depois de importar os primeiros produtos, que eram produzidos na Ásia, o empresário teve dificuldade para achar pontos de venda -- ele era rejeitado por lojas de material esportivo.

"Elas gostavam do produto e da estratégia, mas não fechavam negócio, pois era uma área muito pequena, com duas grandes marcas [América e Jugui] tinham medo de investir imaginando que eu pudesse ser um aventureiro", afirma Drever.

Ele, então, propôs aos grandes varejistas: "Coloque o produto no mercado e, se não virar, vocês o devolvem e eu custeio a logística reversa. Só precisa pagar quando e se vender".

Acabou dando certo. O empresário diz que um dos motivos que fizeram a Pretorian crescer foi ter se antecipado à onda do MMA no Brasil, que se intensificou em 2011. "A empresa estava estruturada quando a moda veio", diz.

Hoje, a marca tem uma loja conceito na Oscar Freire, endereço nobre de São Paulo, e está em 7.500 pontos de venda no Brasil. Também é exportada para Espanha, Chile, Argentina, Emirados Árabes, Kuwait e França. O grande objetivo, porém, é chegar aos Estados Unidos.

"Estamos esperando o momento e os recursos certos para poder entrar lá", diz.

O uruguaio não revela o faturamento da empresa, na qual investiu R$ 4,8 milhões inicialmente. "Estamos crescendo a três dígitos desde o nascimento do negócio. Esse ano está mais tímido, pela situação econômica do país", afirma.

Em um primeiro momento, a Pretorian lançou-se como uma marca de equipamentos de luta.

Depois, abriu o leque para pessoas que usam o condicionamento físico para manutenção do corpo. Atualmente, são três áreas de atuação: a luta, a moto e skate, com tudo que vem em volta de cada um dos itens.

E, apesar de definir seu negócio como "uma empresa masculina calcada em dois pilares, adrenalina e a testosterona", ele vai lançar neste mês uma linha fitness feminina, mantendo a mesma pegada' da marca.


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