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Veja como selecionar bem o seu orientador
Aluno deve ler estudos do professor para identificar afinidade teórica
Antes de optar pela instituição, veja qual é a política de escolha do orientador
Escolher bem o orientador é fundamental para quem deseja fazer uma pós-graduação, seja no nível acadêmico, seja para o trabalho de conclusão de um programa de especialização.
"É ele quem vai identificar os problemas da pesquisa e filtrar o que é realmente relevante do ponto de vista teórico", diz Filipe Sobral, professor da FGV.
Para evitar surpresas, no momento de escolha do programa, analise não só o curso oferecido pela universidade, mas também a metodologia utilizada na seleção dos orientadores.
Isso ajuda a evitar surpresas. "Entreguei o pré-projeto para a coordenação e, sem nenhum tipo de conversa, descobri quem seria o orientador só na primeira reunião", conta a videomaker Marcela Sevilla, 28, que fez especialização na área audiovisual e teve problemas com o professor.
Em cursos de pós-graduação "stricto sensu" (programas de mestrado e doutorado), a decisão é feita, em geral, depois de um processo seletivo com avaliação do aluno, análise de currículo e entrevista. É na última etapa que se começa a delinear uma possível orientação.
Levante o currículo dos possíveis orientadores, consulte a banco de dados mantido pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), leia artigos, conheça a fundo a linha de pesquisa, verifique a bibliografia básica recomendada e converse com pessoas que já foram orientadas por ele. Por fim, faça uma entrevista pessoal.
Simpatia e afinidade ajudam, mas não são primordiais. "O importante é a afinidade teórica e o profissionalismo", diz a pedagoga Neide Noffs, da PUC-SP.
Uma boa dose de respeito mútuo é o suficiente para manter um bom ambiente de trabalho. E na hora de escolher, é melhor optar pelo rigor."É fundamental preferir um orientador que cobre mais. Apesar de o aluno lidar com mais pressão, no final, o projeto será mais proveitoso e renderá mais", diz Sobral
Para o orientando é preciso entender a sua posição e responsabilidades no projeto --ele é o protagonista e deve encarar as responsabilidades como tal.
"Dividimos as tarefas e nos demos prazos. Aprendi com o mestrado a ser muito mais disciplinada do que imaginava que poderia ser. Assim, tive a certeza de que queria seguir com o doutorado", afirma Deysi Cioccari, mestre em comunicação pela Faculdade Cásper Líbero e doutoranda em ciências sociais pela PUC-SP.