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Mercado MPME

Verifique se sua ideia de negócio fica de pé

Empresário precisa analisar diferentes variáveis para verificar se é possível atrair clientes e obter lucro com serviço

Antes do início do negócio, é indicado falar com fornecedores e consumidores para avaliar sua viabilidade

FILIPE OLIVEIRA DE SÃO PAULO

Mariana Dias, 39, mediu até o tempo de deslocamento de metrô entre prováveis clientes antes de começar a Manicure Express, empresa que ela abriu neste mês.

Isso porque ela quer levar serviços de manicure para escritórios de São Paulo e, dependendo do tempo gasto nos deslocamentos, a empresa não conseguirá operar no azul. Ela conta que tem um custo de cerca de R$ 4.000 ao mês e são necessários dez atendimentos por dia para que a conta feche.

Estudos como esse são importantes para que empresários saibam se uma ideia que parece uma oportunidade tem chances de parar de pé quando colocada em prática.

Segundo Cândido Borges, professor da UFG (Universidade Federal de Goiás), é muito comum que empresários comecem o negócio tateando o mercado e só descubram se a ideia inicial é viável mais tarde.

A opção pode ser válida para quem decide começar aos poucos, enquanto mantém sua atividade principal, ou arrisca pouco em investimentos. Mas um estudo de viabilidade é fundamental quando há mais riscos ao apostar na ideia.

O estudo começa com uma pesquisa sobre os custos que a empresa terá. Para isso, deve-se conversar com possíveis fornecedores e pesquisar preços de aluguel e demais serviços necessários para a operação, explica o consultor do Sebrae-SP Luiz Lobrigatti.

Do lado das receitas, é importante que se pesquise quantos clientes a empresa tem potencial de atender e qual deve ser o gasto médio de cada um deles, diz José Dornelas, presidente da consultoria Empreende.

A formação dos preços de venda, outro ponto fundamental para a equação, depende principalmente de pesquisa com a concorrência e de levantamentos com potenciais clientes.

Comparando o preço de compra e de venda, sabe-se qual será a margem de lucro de cada produto. A seguir, o empreendedor simula diferentes volumes de vendas que pode ter e verifica de quanto movimento precisa para chegar ao lucro e se isso é possível com o que pretende investir, superando custos fixos e variáveis.

Empresas que usam modelos de negócios ainda pouco testados, em geral, tem menos fontes de informações para avaliar sua viabilidade, diz Borges, da UFG.

DUPLA JORNADA

Como opção, lançam o produto gastando o mínimo possível com o objetivo de testar o mercado e fazem correções de rotas quando necessário.

No caso do Jurídicos Correspondentes, plataforma na internet que permite a escritórios de advocacia contratar profissionais do setor para a serviços em fóruns ou cartórios, a opção foi começar a empresa em meio período, quando os sócios ainda trabalhavam em uma imobiliária, conta Rafael Heringer, 26.

Como a ideia deu sinais de ter potencial, decidiram se dedicar totalmente a ela há oito meses. Para isso, tinham uma reserva financeira que os permitia pagar as contas por cinco e, caso a empresa não vingasse nesse período, desistiriam.

Agora, após terem alcançado o ponto de equilíbrio entre custos e receitas, a meta é encontrar investidor que, como eles, aposte no negócio.


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