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Escola brasileira de cursos livres vai abrir filial nos Estados Unidos

Aulas da Perestroika vão de empreendedorismo a skate feminino

REBECA DE MORAES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Perestroika, escola brasileira que oferece cursos que vão de empreendedorismo criativo a skate para mulheres, prepara-se para lançar sua primeira filial internacional, nos Estados Unidos.

Criada em Porto Alegre há três anos, a empresa hoje tem sede em seis cidades brasileiras e faturou R$ 4 milhões no ano passado, alta de 5% em relação a 2012.

A intenção dos sócios Tiago Mattos e Felipe Anghinoni é abrir a unidade em San Francisco em agosto, mas o modelo de operação não foi definido. É provável que a estrutura seja de uma sociedade entre os dois e um sócio americano.

No Brasil, o funcionamento é parecido: em cada escola, os dois sócios têm a mesma fatia de negócio do gestor da unidade. "Não queremos chegar a San Francisco nos apresentando como uma escola brasileira, não será esse nosso approach', mas é claro que isso virá à tona e imaginamos que seja positivo", afirma Anghinoni.

À primeira vista, o principal diferencial da Perestroika está na composição dos 40 cursos de nomes engraçadinhos que oferece, que custam de R$ 2.500 a R$ 4.690.

Há desde empreendedorismo criativo ("EC", o carro-chefe) até skate para mulheres ("Swag", "skate with girls"), passando pelo de novos processos de pensamento (o "New Ways of Thinking") e de estamparia de moda (o "Print.Me").

Os alunos podem assistir às aulas tomando cerveja. O pagamento dos sanduíches e das bebidas é "na base da confiança": o próprio aluno deixa o dinheiro e pega seu troco no caixa, sem intermediário ou vendedor.

"A gente acha que ser sisudo e sério não tem nada a ver com ser competente. A atenção do aluno precisa estar combinada ao relaxamento, isso aumenta a retenção de conteúdo", afirma Mattos.

Todos os funcionários da empresa participam do chamado "programa de sociedade". À medida que avançam na formação empreendedora, recebem o desafio de gerir um projeto. Quem se destaca vira sócio.

Dos 30 funcionários da Perestroika, 9 são sócios atualmente.

"Quando você incentiva alguém a fazer coisas diferentes, saber um pouco de tudo, não quer prender o funcionário, quer que ele cresça e vá fazer outras coisas", afirma Mattos. Para ele, a alta rotatividade de profissionais, algo que grande parte das companhias tenta combater por gerar custos, é " maravilhosa para uma empresa".

As unidades da escola compõem apenas um dos braços da Perestroika. A empresa oferece consultoria para outras instituições de ensino e empresas, o que é sua operação mais lucrativa, tem um rótulo de cerveja (a Czarina) e o Complex Esquina 111, espaço no Rio de Janeiro que é um misto de bar, restaurante, hostel e escola.

"No mundo atual, conectado e imprevisível, você não sabe o que vai acontecer amanhã --e o empreendedor trabalha gerindo imprevistos", afirma Mattos.

"Acho lógico que o meu negócio seja diversificado. Gosto de YouTube, Skype e Facebook, não preciso ficar num só. Para os negócios, a regra é a mesma."


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