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Opinião

É hora de a locomotiva do país mudar de estratégia

Ainda líder, Sudeste enfrenta gargalo em infraestrutura e capital humano

FLÁVIA CHEIN ESPECIAL PARA A FOLHA

Não se pode mais pensar políticas de crescimento para as regiões de forma isolada

O Sudeste parece estar acostumado ao papel de destaque, de uma economia glamorosa, locomotiva do desenvolvimento, mas também de propulsor da velha dicotomia norte-sul e de desigualdades regionais.

Hoje, o cenário do país é outro. Não se pode mais pensar políticas de desenvolvimento para as regiões de forma isolada. As periferias das grandes e médias cidades da região cresceram de modo vertiginoso e não há mais como abrigar fluxos migratórios de populações ansiosas por parcela desse progresso.

Afinal, será que a locomotiva perdeu sua força? Ou foi sucumbida pelas "deseconomias de aglomeração", como inchaço urbano, violência, entre outros? Não, o Sudeste ainda guarda muito da sua tradição de liderança.

Então, se é verdade que, nesses Estados, ainda pulsa o coração do progresso, quais as novas rotas e estratégias do atual desenvolvimento?

Há um consenso de que os gargalos do crescimento econômico residem na insuficiência de oferta de infraestrutura física e humana.

O sucesso de uma atividade produtiva passa pela visão de eixos de desenvolvimento vinculados à integração de transporte, com acesso a portos e aeroportos.

Mas é preciso destacar o Sudeste como produtor e aglutinador de capital humano. Na região, localizam-se grandes universidades públicas que geram capital humano altamente qualificado e com capacidade de inovação.

Há que se ressaltar ainda investimentos crescentes que conseguem atrair indústrias nas áreas de tecnologia de ponta, como as produtoras de semicondutores.

Enquanto agropecuária permanece importante na balança comercial e áreas como de veículos, autopeças e metalurgias mantêm destaque na produção industrial, o setor de petróleo, gás natural e outras energias tem ganhado força nos últimos anos.

Embora as expectativas com o pré-sal tenham sido extremamente otimistas, as perspectivas de extração de um petróleo de melhor qualidade e maior valor de mercado têm atraído investimentos.

É preciso lembrar ainda do potencial de demanda por petróleo e derivados e por etanol, propiciado pelas exportações para outros países dos Brics, em especial para China.

Sobre o setor mineral, recaem benefícios do processo de urbanização recente desses países, densamente povoados e com PIB expressivo.

Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração, estão previstos US$ 30 milhões para este setor na região.

Enfim, não há poucas oportunidades para sustentar o desenvolvimento do Sudeste brasileiro.


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