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Tragédia na eleição

Morte de Eduardo Campos muda rumo da sucessão presidencial

No momento de maior projeção política de sua carreira, o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, morreu em um acidente de avião. O jato em que estava caiu numa área residencial de Santos, litoral paulista, nesta quarta-feira (13).

Também morreram quatro assessores que o acompanhavam e os dois pilotos da aeronave.

Governador de Pernambuco por dois mandatos, ministro da Ciência e Tecnologia no governo Lula, presidente do PSB e ex-deputado federal, Campos havia completado 49 anos três dias antes.

De perfil conciliador, com formação de esquerda, Eduardo Henrique Accioly Campos era próximo dos movimentos sociais, mas investia em alianças com setores conservadores. Considerado um dos principais expoentes da nova geração de políticos brasileiros, estava em terceiro lugar na disputa pela Presidência, com 8% das intenções de voto no Datafolha.

Campos morreu num 13 de agosto, o mesmo dia da morte de seu avô, o também ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes (1916-2005), personagem que o projetou na política no fim dos anos 80. Ele será enterrado no Recife, junto de Arraes.

As causas do acidente são apuradas pela Aeronáutica. O jato Cessna 560 XL voava do aeroporto Santos Dumont, no Rio, para a Base Aérea de Santos, em Guarujá, região onde Campos faria campanha.

A aeronave iria pousar por volta das 10h, mas arremeteu quando já era vista por quem a esperava. Há relatos de que estava em chamas no momento da queda. Ao menos seis pessoas que estavam próximas ao local atingido pelo jato ficaram feridas.

A presidente Dilma Rousseff, colega de Campos no ministério de Lula e adversária dele na atual disputa eleitoral, decretou luto oficial de três dias e suspendeu suas agendas de chefe de Estado e de candidata à reeleição. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) também cancelou suas atividades eleitorais.

Inscrita como vice na chapa de Campos, a ex-ministra Marina Silva embarcaria na mesma aeronave do candidato, mas mudou de ideia e decidiu pegar um avião de carreira com assessores.

A morte de Campos embaralha o cenário sucessório. Os adversários na disputa apostam que Marina irá assumir seu lugar como candidata do PSB. Conforme a legislação, o partido tem dez dias para anunciar a eventual substituição.

Filho de Ana Arraes, ministra do TCU (Tribunal de Contas da União) e ex-deputada federal, e do escritor Maximiano Campos (1941-1998), Eduardo Campos deixa a mulher, a economista Renata Campos, e cinco filhos: Maria Eduarda, João Henrique, Pedro Henrique, José Henrique e Miguel, que nasceu no começo deste ano.


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