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Educar sem limites

Escolas comuns afirmam receber alunos com necessidades especiais e abrem espaço para inclusão

DE SÃO PAULO

"Todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças [...]."

É o que diz o item 7 da declaração de Salamanca (1994), que gerou diretrizes para a educação inclusiva no mundo. Segundo essa concepção, a escola deve estar preparada para receber todos os tipos de alunos.

Uma criança com síndrome de Down, por exemplo, deve frequentar o ensino regular com outras crianças.

Para atender a necessidades específicas do aluno com deficiência ou transtorno de comportamento (como hiperatividade e deficit de atenção), as atividades podem ser adaptadas --e outras formas de avaliação, consideradas.

Nessa perspectiva, o trabalho do atendimento especializado deve ser complementar, de forma a "prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular", segundo o decreto 7.611 de 2011.

"Não é um reforço escolar, e sim um atendimento que visa quebra de barreiras", explica a fonoaudióloga Viviane Périco, supervisora do Serviço de Apoio à Inclusão Escolar da Apae de São Paulo.

Colocar essa proposta em prática, no entanto, ainda é um desafio. Segundo o Datafolha, 10% dos colégios consultados em São Paulo afirmaram não atender crianças com deficiência.

Apesar de não haver mecanismo para obrigá-los a aceitar todos os tipos de alunos, uma política escolar inclusiva acaba sendo um diferencial que pode beneficiar também estudantes sem deficiência, afirma Vitor Paro, pedagogo e professor titular aposentado da USP.

NOVO PAPEL

"Com a nova política de educação inclusiva, os colégios especiais' estão sendo reinterpretados. É um engano pensar que eles deixarão de existir, mas não serão como antes", diz Eder Pires de Camargo, professor da Unesp e coordenador de um grupo de pesquisa nessa área.

Em Perdizes (zona oeste), o colégio Graphein aplica a "educação singularizada" --com um planejamento pedagógico para cada aluno.

Isso possibilita que turmas não sejam necessariamente formadas por estudantes da mesma faixa etária, mas sim que estejam em fase semelhante do desenvolvimento cognitivo, emocional e social.

"A escola é que deve se adaptar ao aluno, e não o contrário", diz a coordenadora, Paula Cantos.

A seguir, conheça três trajetórias de inclusão em escolas comuns.


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