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Eleições 2014

Alckmin deixou de cumprir 44% das promessas de 2010

Pior desempenho foi nas áreas de transportes e meio ambiente, e o melhor foi em educação e habitação

Avaliação usou como referência o documento apresentado há 4 anos à Justiça Eleitoral com as propostas de governo

DE SÃO PAULO

O governador de São Paulo e candidato a reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), chega à reta final da disputa sem ter cumprido quase metade das promessas feitas por escrito na campanha de 2010.

Em quase quatro anos de mandato, a atual administração estadual teve desempenho insatisfatório em 23 de 52 metas definidas em documento entregue pela campanha tucana à Justiça Eleitoral, o que representa 44% do total.

No balanço feito pela Folha não foram consideradas promessas genéricas demais ou cuja avaliação objetiva é impossível de ser feita.

As piores avaliações foram nas áreas de transportes e infraestrutura e meio ambiente, nas quais a gestão tucana recebeu mais notas "C" e "D" em proporção ao número de metas.

A campanha do governador prometia, por exemplo, aumentar a cobertura vegetal de São Paulo e viabilizar os trechos sul e norte do ferroanel, o que não foi realizado.

A atual administração teve desempenho satisfatório em 56% das metas, as quais cumpriu integralmente ou promoveu avanços importantes.

As áreas de educação, habitação e desenvolvimento econômico e social foram as que o governo estadual recebeu mais notas "A" e "B" em relação ao número de promessas.

O tucano cumpriu metas como ampliação da criação de escolas em regime de tempo integral e o aumento da entrega de casas populares.

O levantamento realizado pela Folha não pretende ser um balanço completo da administração, mas ajuda a entender como foi o terceiro mandato de Alckmin em São Paulo.

Na atual gestão, o governador cumpriu promessas que não foram incluídas no documento entregue à Justiça Eleitoral, como o investimento de R$ 1 bilhão para a ampliação de vagas em creches, a duplicação das rodovias Tamoios e Euclides da Cunha e a entrega de dez novos hospitais.

Já na área de educação, o tucano não citou um indicador como referência para avaliar o desempenho de alunos. No Ideb, por exemplo, a nota da rede estadual no ensino médio caiu de 2011 para 2013.

O programa do tucano, intitulado "Propostas Eleições 2010", reciclou promessas feitas por ele próprio na campanha de 2002, como a ampliação de vagas em universidades e a ampliação do metrô.

As promessas foram listadas em tópicos como "diretrizes gerais" e as intenções abrangentes aparecem sem prazos ou metas numéricas.

Para fazer a avaliação, a Folha adotou escala simplificada de quatro notas: "A" para promessas cumpridas; "B" nos casos em que a realização não foi completa, mas há algum resultado; "C" para as situações em que o governo fez pouco, como obras iniciadas, mas não entregues à população; e "D" para o que não avançou.

Este método só permite chegar a um percentual de desempenho agrupando notas "A" e "B" como resultado positivo, e "C" e "D" como negativo.

Neste ano, o tucano entregou um novo documento de diretrizes gerais para a Justiça Eleitoral, mas ainda não divulgou propostas detalhadas.


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