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Eleições 2014

O 1º round na TV

Faltaram propostas e sobraram autoelogios no horário eleitoral; candidatos dedicaram só 20% de seu tempo às ideias que pretendem implantar se eleitos

RAYANNE AZEVEDO ANDRÉ MONTEIRO DE SÃO PAULO

Faltaram propostas e sobraram autoelogios nos programas eleitorais dos três principais candidatos à Presidência para o primeiro turno, que terá seu último bloco veiculado nesta quinta (2).

Levantamento realizado pela Folha nos programas eleitorais de Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) exibidos na TV até a terça (30) mostra que, juntos, os três usaram em média 21% de seu tempo para apresentar propostas.

A maior parte da propaganda (55%) serviu para autopromoção dos presidenciáveis --a campeã neste quesito é Dilma, que dedicou quase 70% do seu tempo à defesa de seu governo e só 17% às medidas que promete implantar caso seja reeleita.

Com quase 12 minutos em cada bloco de tempo de TV, a petista priorizou temas que embalaram os protestos de junho de 2013, como educação e saúde. Mobilidade urbana, porém, não chegou a ocupar 3% do espaço.

Aécio, que teve blocos de 4min35s, também focou em educação e saúde e foi quem mais fez promessas.

O tucano dedicou ainda parte expressiva de seu tempo à segurança --especialmente à proposta de redução da maioridade penal para crimes graves, como homicídio.

Já Marina, que teve apenas 2min03s em cada bloco, foi quem mais criticou os adversários. Entre os temas que abordou, predominaram economia, questões ambientais e políticas sociais.

Com 25% das intenções de voto segundo pesquisa Datafolha divulgada na terça, a ex-senadora está em segundo lugar na disputa, mas corre o risco de perder a vaga no segundo turno para Aécio, com 20%. Dilma tem 40%.

Dentre os três, a petista é quem menos fala na própria propaganda (38%): as estrelas do horário eleitoral são os apresentadores e locutores, que dominam 43% do tempo.

O levantamento não considerou as inserções --propagandas veiculadas nos intervalos comerciais das emissoras--, nas quais o ataque a rivais tende a se intensificar.

Na próxima semana, os dois candidatos classificados para o segundo round das eleições voltam à TV com blocos de tempo iguais, de dez minutos cada.


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