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Mãe de tucano recebe duas pensões no PR

Arlete Richa mantém união estável, mas não se casa para não deixar de receber R$ 37 mil por mês

ESTELITA HASS CARAZAI DE CURITIBA

A mãe do governador Beto Richa (PSDB) recebe duas pensões pagas com dinheiro público na condição de viúva do ex-governador e senador José Richa, um dos fundadores do PSDB e pai do atual governador do Estado.

Arlete Vilela Richa, 74, porém, mantém uma união estável, não formalizada, há pelo menos quatro anos e perderia o direito a essas duas pensões se casasse. José Richa morreu em 2003.

Hoje ela mora com o médico Farid Sabbag, tratado publicamente como seu marido, mas sem se casar no papel. As pensões, pagas pelo governo do Paraná e pelo Senado, somam R$ 37 mil por mês, ou R$ 29 mil líquidos, descontados impostos e deduções.

Ela recebe os valores desde a morte de seu marido, que foi governador do Paraná (1983-1986) e senador por três mandatos (entre 1979 e 1995).

Segundo as assessorias do governo estadual e do Senado, Arlete Richa continua tendo direito às pensões mesmo vivendo com um companheiro ou em união estável.

A Folha procurou a viúva para saber por que ela não formalizou a atual união --primeiro por meio de assessores de Beto Richa, depois com uma carta para sua residência. Não houve resposta até a conclusão desta edição.

No governo do Paraná, as pensões para ex-governadores e suas viúvas, previstas em lei estadual de 1963, foram extintas no início da gestão de Beto Richa, em 2011, mas aquelas concedidas antes da Constituição de 1988, como a de Arlete Richa, foram consideradas legais.

Esses benefícios, diz a Procuradoria-Geral do Estado, estão em "perfeita simetria" com o subsídio previsto para ex-presidentes na Constituição de 1967. Além de Arlete, outras três viúvas recebem a pensão: Flora Munhoz da Rocha, Madalena Mansur e Rosi Costa Gomes da Silva.

No caso do Senado, a pensão de Arlete Richa, de R$ 10 mil, foi concedida como beneficiária do extinto Instituto de Previdência dos Congressistas. Num debate, o candidato Roberto Requião citou o caso: "Ele [Richa] deveria explicar por que paga [pensão] para sua mãe, que não formalizou um segundo casamento para não ter a possibilidade de vir a perdê-la." Richa não fez comentários.


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