Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Especial

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Eleições 2014

Aécio quer baixar meta de inflação para 3%

Tucano pretende eliminar taxas como o ICMS e criar imposto único

PT critica proposta desde que foi levantada pelo então candidato Eduardo Campos, substituído por Marina

MARIANA CARNEIRO DANIELA LIMA DE SÃO PAULO

Proposta defendida pelo então candidato Eduardo Campos no início da campanha eleitoral, a redução da meta de inflação para 3% ao ano, ressurgiu, nesta sexta-feira (3), no programa de governo de Aécio Neves (PSDB).

A ideia tinha circulado na campanha do concorrente PSB antes da morte de Campos. Mas foi abandonada na elaboração do programa de Marina Silva, que assumiu a candidatura em agosto. A ideia de Campos era baixar a meta para 3% em 2019.

No programa do PSDB, não há data para que a nova meta entre em vigor. Hoje, a inflação está em 6,5% --mesmo com o adiamento dos reajustes da gasolina, energia elétrica e transporte público em capitais como São Paulo.

Economistas estimam que a inflação poderá ficar ainda mais elevada no ano que vem, em razão da correção esperada destes preços represados e do impacto da alta do dólar sobre a inflação em 2015.

O economista Armínio Fraga, responsável pelo programa e já "nomeado" ministro da Fazenda caso Aécio seja eleito, afirma, porém, que se trata de um objetivo a ser alcançado gradualmente --em um horizonte talvez mais longo do que os quatro anos de um mandato presidencial.

"Talvez tenha que ter mais tempo para chegar [à meta de 3%]. Dada a situação precária que podemos herdar, eu prefiro não marcar uma data".

O sistema de metas foi implantado durante a gestão de Armínio no Banco Central, em 1999. A meta de inflação é o alvo fixado pelo governo para dar à sociedade uma ideia do que esperar do aumento de preços. Para economistas, a referência perdeu credibilidade na gestão de Dilma Rousseff (PT), porque a inflação ficou sempre acima da meta, de 4,5% ao ano.

No programa do PSDB, é dito que a meta atual, de 4,5%, só deve ser alcançada em dois a três anos. O intervalo de tolerância, hoje de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo, também seria reduzido para 1,5 ponto percentual.

O PT vem criticando a proposta de redução da meta desde que a ideia foi apresentada por Campos. Afirma que persegui-la significaria aumentar o desemprego.

No debate da TV Globo, da última quinta-feira (2), a presidente Dilma Rousseff criticou a gestão econômica do governo FHC. A presidente afirmou que o PSDB "quebrou o país três vezes" e que Armínio fixou a mais elevada taxa de juros da história do país, em 45% ao ano, em 1999.

Em entrevista à Folha, Armínio retrucou: "O PT tira as coisas do contexto. A taxa de juros foi a 45% ao ano, mas a expectativa de inflação foi a 50%. Fazer o quê? Perder o controle da inflação? É fácil falar. Aquele momento foi bastante difícil e nós seguramos a barra".

Sobre impostos, o PSDB diz que pretende extinguir taxas como ICMS, IPI, PIS e Cofins para criar um imposto único.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página