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Marina afirma fazer nova política ao dar apoio a Aécio

Para ela, que elogiou o tucano pelos compromissos assumidos com avanços sociais e estabilidade econômica, alternância de poder fará bem ao país

Ex-senadora compara eventual vitória do candidato do PSDB à eleição de Lula na campanha de 2002

LÍGIA MESQUITA DE SÃO PAULO

Uma semana depois de ter dado indicações de que apoiaria Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da eleição presidencial, a ex-senadora Marina Silva (PSB) finalmente declarou apoio ao tucano.

No discurso em que manifestou seu apoio neste domingo (12), em São Paulo, ela comparou uma possível vitória do tucano com a obtida por Lula em 2002.

E também equiparou o documento com compromissos que o candidato divulgou no Recife à "Carta ao Povo Brasileiro", em que o petista garantia que --se eleito-- faria mudanças no país sem promover rupturas na economia.

"Aécio retoma o fio da meada virtuoso e corretamente manifesta-se na forma de um compromisso forte, a exemplo de Lula em 2002, que assumiu compromissos com a manutenção do Plano Real, abrindo diálogo com os setores produtivos", declarou a candidata derrotada do PSB à Presidência, ao lado de seu vice na chapa, Beto Albuquerque.

Ao ler um texto explicando sua decisão, tendo no palco a companhia do marido, Fábio Lima, da filha Shalon e de aliados, Marina afirmou que a alternância de poder fará bem ao país e listou o que considera positivo nos compromissos assumidos pelo tucano. "O que precisa ser reafirmado é o caminho dos avanços sociais, mas com gestão competente do Estado e com estabilidade econômica", disse.

A equipe do programa de TV de Aécio gravou as falas, já utilizadas no horário eleitoral deste domingo.

CAMPANHA

Marina disse que a maneira como se dará sua participação na reta final da campanha de Aécio Neves ainda não foi discutida.

Em junho, quando foi confirmada a aliança do PSB com o PSDB para o governo de São Paulo, ela havia dito que seu grupo político, a Rede, não subiria "em hipótese alguma" no palanque tucano.

A ex-senadora afirmou que sua decisão é "inteiramente coerente" com a renovação da política que defende.

No primeiro turno, a então candidata criticava a polarização entre PSDB e PT e falava em "nova política".

"O que nós estamos fazendo é inaugurar, sim, a nova política. Todos estavam imaginando que seria apenas o apoio como sempre é feito. Mas foi feito com base em um programa."

JOVENS INFRATORES

Na semana que antecedeu à declaração de voto de Marina, integrantes da Rede haviam pedido ao PSDB que voltasse atrás em uma das bandeiras de Aécio --o aumento do tempo de detenção para maiores de 16 anos que cometerem crimes graves. Em sua carta de compromissos, o tucano não cedeu à solicitação.

Para Marina, a divergência nessa questão não foi obstáculo para o acordo selado. "Obviamente, quando se faz alianças, se faz com diferentes sem prejuízo de continuar defendendo nossas propostas", explicou.

CRISE COM AMARAL

Beto Albuquerque aproveitou o pronunciamento de Marina para criticar a decisão do presidente interino do PSB, Roberto Amaral, de apoiar Dilma Rousseff. "Lamentamos a postura dele. Ele deveria assumir a decisão que foi majoritária do PSB", disse. "A rebeldia do Amaral não muda nossa convicção e nem mudará nossa decisão."

Nesta segunda (13), o PSB se reúne em Brasília para escolher seu novo presidente.


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