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Depois do inglês e do espanhol, russo e mandarim estão entre os idiomas mais valorizados do mercado

CRISTINE CARTACHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O que deve ser considerado por quem decide investir em um segundo ou terceiro idioma?

Satisfação pessoal é importante, claro -portanto javanês pode ser uma opção para quem não tem compromisso nenhum com o mercado.

Russo, anote, é uma língua cada vez mais importante devido ao crescimento econômico daquele país. E o mandarim permanece a língua mais falada do mundo (embora essa posição ainda seja determinada pela gigante população chinesa, de 1,3 bilhão de pessoas).

É importante entender as dificuldades e os ganhos determinados pelo aprendizado de cada idioma. Veja a seguir.

ALEMÃO
Dificuldades: O alemão é uma das línguas campeãs em declinações (palavras que mudam de acordo com o contexto). Isso acontece não só com pronomes mas também com substantivos e adjetivos, explica Cristina Shibuya, responsável pelo Departamento de Cursos Goethe-Institut São Paulo.
Oportunidades: as chances profissionais são encontradas principalmente nos setores farmacêutico, tecnológico, automobilístico e em atividades do ramo financeiro.
Onde aprender: Goethe-Institut São Paulo (www.goethe.de/saopaulo), Centro de Línguas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (www.clinguas.fflch.usp.br) e Berlitz (www.berlitz.com.br)

JAPONÊS
Dificuldades: Tudo é diferente do português: a escrita, a pronúncia e a estrutura gramatical, que costuma ter sujeito e objeto antes do verbo. "Tratar como um desafio: o aluno deve ter consciência disso", explica Jaqueline Nabeta, diretora de ensino da Aliança Cultural Brasil-Japão. Oportunidades: de acordo com Jaqueline, a procura por profissionais que fazem tradução aumentou nos últimos anos, principalmente por conta da demanda de editoras que publicam, por exemplo, os famosos mangás. Há também abertura na indústria farmacêutica. Onde aprender: Aliança Cultural Brasil-Japão (www.aliancacultural.org.br)

ESPANHOL
Dificuldades: a proximidade entre o português e o espanhol pode ser um facilitador e também um obstáculo. Como os verbos e a gramática são similares, muitos estudantes costumam abandonar o curso antes do fim. "Ficam no nível básico, pois acreditam que já dominam a língua, quando na verdade apenas enrolam no portunhol", alerta Elza Maria, coordenadora e técnica da área de idiomas do Senac-SP.
Oportunidades: para quem domina o idioma, as oportunidades estão praticamente em todas as áreas, como acontece com o inglês.Mas o espanhol tornou-se quase obrigatório para quem se dedica aos ramos de telefonia e ao mercado financeiro.
Onde aprender: Senac (www.sp.senac.br), Cel-Lep (www.br.cellep.com), Centro de Línguas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (www.clinguas.fflch.usp.br) e Yázigi (www.yazigitravel.com.br)

FRANCÊS
Dificuldades: embora o aprendizado seja razoavelmente fácil, por conta da proximidade com línguas de origem latina, a gramática é complexa e algumas pronúncias, complicadas.
Oportunidades: especialmente nos setores de cosmético e automobilístico.
Onde aprender: Aliança Francesa (www.aliancafrancesabrasil.com.br), PUC (www.cogeae.pucsp.br) e Wizard (www.wizardsaopaulo.com.br)

MANDARIM
Dificuldades: de acordo com Liang Yan, diretora do Centro de Língua e Cultura Chinesa, a pronúncia, a entonação e os ideogramas são os maiores obstáculos. Dominar a cultura do país é tão importante quanto falar o idioma. "O chinês respeita quem fala mandarim e entende seus costumes", explica Chiu Yi Chih, professor de filosofia da arte do Instituto Mandarim Yuan De.
Oportunidades: além das empresas chinesas que já estão no Brasil, como Bank of China, JacMotors, Chery, Huawei, muitas companhias nacionais desejam firmar negócios na China.
Onde aprender: Centro de Língua e Cultura Chinesa (www.chinbra.com.br) e Instituto Mandarim Yuan De (institutomandarim.net).

RUSSO
Dificuldades: Uma das maiores barreiras do russo é ter de decorar (e empregar corretamente) o alfabeto cirílico, que é composto por 33 letras (dez vogais, 21 consoantes e dois sinais, que não são exatamente letras, mas servem para modificar a pronúncia).
"Algumas letras são iguais em nosso alfabeto, mas o som nem sempre é correspondente", explica Adriana Leão, professora responsável pelo curso de russo da Yázigi. Como o alemão, o russo é um idioma repleto de declinações, ou seja, algumas palavras mudam de acordo com o contexto.
Oportunidades: Há crescimento no número de empresas russas no Brasil e na demanda por profissionais que fazem traduções, uma vez que a literatura do país de Tchecov e de Dostoievski é uma das mais estudadas no mundo.
Onde aprender: Yázigi (www.yazigi.com.br/vilaprudente) e Clube de Cultura Russa (www.cursoderusso.com)

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