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Definição dos 5 grupos considera 3 variáveis

Como as ciências sociais não admitem uma definição consensual para o conceito de classe média, o termo varia de acordo com os parâmetros de quem o analisa.

É bastante frequente a classificação econômica com base na posse de bens de consumo e na escolaridade do chefe da família.

Para adotar a nomenclatura (classe alta, classe média alta, classe média intermediária, classe média baixa e excluídos), o Datafolha ouviu 1.890 pessoas com 16 anos ou mais, responsáveis por ao menos parte das despesas na casa onde moram, em 144 municípios de todo o Brasil.

Os entrevistados foram divididos em grupos conforme a renda mensal familiar, a escolaridade e a classe econômica (definida com base na posse de bens de consumo).

O resultado dessa divisão e a análise de como os entrevistados se comportam, o que consomem, qual o nível de acesso a bens e serviços e quais valores prezam terminaram nos cinco grupos.

Esses critérios explicam o que seria uma discrepância se apenas a renda familiar fosse usada como parâmetro.

Na classe média intermediária, apenas 20% aparecem na faixa entre 3 e 10 salários mínimos de renda familiar, enquanto 46% dos integrantes da classe média baixa tem ganhos nesse patamar.

A análise das mesmas variáveis (renda, escolaridade e classe) em pesquisas anteriores realizadas pelo Datafolha permitiu o dimensionamento da evolução desses cinco grupos desde 2001.

A margem de erro da pesquisa, realizada entre 9 e 11 de agosto, é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.

Isso significa que se fossem realizados 100 levantamentos adotando essa mesma metodologia, em 95 os resultados estariam dentro da margem de erro prevista.