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Um novo projeto para São Paulo

UMA CIDADE MAIS VERDE, COM TRÂNSITO MENOR E MELHOR PARA OS PAULISTANOS DEPENDE DA DECISÃO QUE OS VEREADORES PRECISAM TOMAR NESTE ANO

DE SÃO PAULO

Ano de eleição, 2012 é também o ano de fazer um novo plano diretor para São Paulo. Se for aprovado, será o quarto plano de desenvolvimento urbano aprovado na cidade -os anteriores são de 1971, 1988 e 2002.

O texto deve projetar a cidade em 2025, com mais parques, mais transporte público e menos deslocamentos, estabelecendo restrições de construção em áreas saturadas e estimulando em locais com mais infraestrutura.

Para saber onde adensar e onde restringir, está sendo estudada a infraestrutura de cada região. O plano diretor deve ser uma "carta de intensões" a ser depois detalhada na nova Lei de Zoneamento.

PLANOS NA HISTÓRIA

O embrião do que pode ser chamado de primeiro plano diretor da cidade foi criado e começou a ser implantado em 1792 pelo então governador da província José Maria de Lorena, conde de Sarzedas.

A partir de "um plano para guiar a cidade em seu crescimento", Lorena determinou a construção de uma ponte sobre o rio Anhangabaú, permitindo a ligação de São Paulo com a estrada de Sorocaba, hoje rua da Consolação, e abrindo caminho para a criação de uma "cidade nova" em direção ao oeste.

Desde então, e até 1970, a cidade teve mais de uma centena de leis estabelecendo diretrizes para a ocupação e desenvolvimento urbano.

Foram elas que moldaram o centro e permitiram a criação de bairros como Campos Elíseos e Higienópolis.

Por exemplo, uma lei de 1898 estabeleceu recuo mínimo frontal de seis metros nas construções nas avenidas Higienópolis e Angélica. Isso inviabilizava cortiços.

Em 1920, uma lei estabeleceu altura mínima de cinco metros para imóveis no centro. A ideia era adensar a área, o que abriu caminho para arranha-céus como o edifício Martinelli, de mais de cem metros de altura.

Em 1971, a Câmara Municipal aprova o primeiro plano diretor de São Paulo.

O objetivo era preparar a cidade para ter 12 milhões de habitantes -hoje são cerca de 11 milhões- "com circulação fácil, de carro ou metrô, e uma vida menos angustiante do que a capital dos anos 1950 e 1960", segundo reportagem da Folha publicada em 1º de janeiro de 1972.

O plano reduziu a altura máxima dos prédios e dividiu a cidade, pela primeira vez, em zonas de ocupação (residenciais unifamiliares, mistas, etc.), princípio mantido até hoje.

(EVANDRO SPINELLI)

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