Ginástica

Petrix Barbosa

Apesar do lema olímpico ("Citius, Altius, Fortius", ou o mais rápido, o mais alto, o mais forte), Petrix Barbosa, 19, não gosta de, com 1,75 m, ser o mais alto da seleção.

"Se pudesse escolher, seria pelo menos cinco centímetros mais baixo", diz o ginasta, que começou no esporte aos sete anos, após fazer capoeira, natação e futebol.

Petrix foi assistir a uma aula da irmã e acabou convidado para fazer um teste. "Era basicamente ficar brincando na cama elástica", lembra.

Caçula de três irmãos, o ginasta foi o primeiro da família a tentar carreira no esporte de alto rendimento. Petrix defendeu o Mesc, de São Bernardo (SP), onde começou, por seis anos. Depois, foi para a vizinha São Caetano, onde ficou outros cinco anos.

Nesse intervalo, o paulista conquistou vários títulos, foi oito vezes campeão brasileiro e despertou o interesse do Flamengo, do bicampeão mundial Diego Hypólito. Mudou-se para o Rio em 2011.

A transferência o afastou da família. A mãe e o padrasto, que se mudaram quando ele foi para São Caetano para facilitar sua ida aos treinos, ficaram em São Bernardo.

Petrix passou a dividir um apartamento com um colega de seleção, Sérgio Sasaki.

O ginasta iniciou o curso de administração, mas só concluiu o primeiro período.

O segundo semestre de 2011 foi dedicado ao Mundial e ao Pan-Americano. Ficou em 13º no Mundial e foi ouro no Pan, ambos por equipes.

Para ele, o ápice da carreira, construída sempre entrando com o pé direito antes de competir, superstição que carrega desde pequeno. A música, alta, embala momentos de concentração. "É sempre meu combustível, o que eu uso para me motivar."

QUEM É

NOME Petrix Stevan Aguiar Barbosa

NASCIMENTO 5.mar.1992, em São Paulo (SP)

PESO E ALTURA 72 kg e 1,75 m

CLUBE Flamengo

ESCOLARIDADE Cursa administração de empresas

TWITTER @petrixbarbosa

ÍDOLO Alexei Nemov, ginasta russo, e Kohei

UCHIMURA, ginasta japonês

HOBBY Ir ao cinema, ir à praia, viajar de carro e ir a boates

MÚSICA Sertanejo, hip hop, eletrônica e pagode

QUESTIONÁRIO

O que você estava fazendo quatro anos atrás?

Tinha 16 anos e já sonhava em ir à Olimpíada. Estava acompanhando meu hoje companheiro de clube Diego Hypólito e sonhava em um dia fazer história lá também.

Como se vê em 2016?

Vejo 2016 como a conclusão, o fim de um ciclo, mas tenho que pensar em 2012, 13, 14 e 15... Trabalhar muito nesses anos para garantirmos a vaga na Olimpíada e fazer história em casa.

Recebe apoio?

Não tenho nenhum apoio ou patrocínio individual. Meu clube, o Flamengo, tem o patrocínio do banco BMG, que patrocina a equipe. E a seleção brasileira tem o patrocínio da Caixa.