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Mendes gastou 14 meses para rever caso que teve por 4 anos

DE BRASÍLIA

O ministro do STF Gilmar Mendes interrompeu por 14 meses o julgamento de uma denúncia em que o senador João Ribeiro (PR-TO) foi acusado de manter trabalhadores em condições análogas à escravidão em sua fazenda.

Quando o caso chegou ao plenário do tribunal, Mendes pediu mais tempo para analisá-lo. Mas ele já conhecia o processo, porque o inquérito que deu origem à denúncia ficara em seu gabinete durante quase quatro anos.

O caso chegou ao STF em 2004 e Mendes foi designado relator. Até o início de 2008, o ministro mandou o senador apresentar sua defesa.

Em 2008, Mendes virou presidente do STF, e o caso foi transferido para o gabinete da ministra Ellen Gracie. Ela ficou com o processo por outros dois anos e, em outubro de 2010, votou em plenário pela transformação da denúncia em ação penal. Foi quando Mendes pediu vista e interrompeu o julgamento.

O inquérito ficou no seu gabinete até dezembro. Na última quinta-feira, o Supremo aceitou a denúncia por 7 votos a 3. Mendes foi um dos votos contrários. Com isso, será aberta uma ação penal e Ribeiro passará finalmente da condição de investigado para a condição de réu.

Por meio de sua assessoria, Mendes disse que recebeu 3.748 novos processos para análise só em 2011. "O volume exaustivo de trabalho impede que a devolução dos pedidos de vista seja feita em período mais curto, como desejável", afirmou.

(RV, FM e FS)

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