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Demora ajudou deputado a se livrar de críticas na campanha

DE BRASÍLIA

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, levou três anos e nove meses para pedir a abertura de um inquérito sobre o deputado Jilmar Tatto (PT-SP) e assinou o despacho um dia depois que ele se reelegeu, em 2010.

Além de atrasar o processo, a demora permitiu que Tatto atravessasse a campanha eleitoral sem ser incomodado pelas investigações, que seus adversários políticos poderiam ter explorado.

Tatto foi investigado pelo Ministério Público Estadual de São Paulo por causa de irregularidades que teriam ocorrido quando ele comandava a Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo.

As investigações começaram em 2006, quando ele se elegeu deputado pela primeira vez, e foram interrompidas depois que ele tomou posse na Câmara e conquistou o direito a foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal.

O processo ficou praticamente parado na Procuradoria durante o primeiro mandato de Tatto e só voltou a andar após sua reeleição, com o despacho de Gurgel.

O deputado nega ter praticado irregularidades e atribui a investigação à ação de desafetos políticos. A Procuradoria não quis se manifestar sobre a demora na abertura do inquérito.

(RV, FM e FS)

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