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Causa

Esportes definem biótipos perfeitos, e atletas são escolhidos pelo corpo

DE SÃO PAULO

Grandalhão, Bruno Zanuto não teve tempo para dizer não. O técnico da equipe de vôlei da escola nem ligou para a falta de intimidade do garoto com a bola e o escalou para um campeonato.

Aos 12 anos, seu físico definia a carreira que iria seguir.

Casos como esse são comuns no alto rendimento. Cada modalidade tem seu paradigma. E técnicos ávidos por encontrar corpos que se encaixem nos moldes perfeitos.

Jogador do time de Campinas, Zanuto, 29 anos e 2 m, hoje é considerado mediano para os padrões do esporte.

Em testes da base, garotos com menos de 1,95 m quase não têm chance de passar. Fabiana, central da seleção de 1,93 m, foi escolhida numa peneira mesmo sem mostrar habilidade: tinha 13 anos e 1,85 m. Quem tem "só" 1,90 m no vôlei busca ser líbero.

Já a ginástica elege os baixos. Corpos menores, com membros inferiores fortes, têm mais facilidade para acrobacias complexas.

Nadadores com mais de 1,85 m e envergadura maior que a altura se destacam nas piscinas. Os mais baixos e "gordinhos" brilham na maratona aquática, que pede corpos resistentes à temperatura e que flutuem mais.

Mas há paradigmas quebrados. Por anos se acreditou que velocistas altos teriam mais dificuldades na largada por terem pernas longas. Com 1,96 m, Usain Bolt é campeão olímpico. Novo paradigma a ser estudado.

(BM E ML)

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