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Energia

Quantidade e tipo de comida consumidos variam de acordo com a modalidade e interferem no desempenho esportivo

DE SÃO PAULO

Enquanto grande parte dos atletas se preocupa se o ponteiro da balança sobe, Fernando Reis só não quer vê-lo baixar. Com 135 kg, o pesista luta para que seus treinos não o façam perder peso.

Ele compensa a rotina de esforço com a alimentação. E confessa que muitas vezes não tem vontade de comer bife no café da manhã. "Mas é preciso, para manter o peso."

Fernando, que tem 1,85 m, levou quatro anos e meio para engordar 40 kg. "Acredite, não foi fácil", diz. A estratégia de subir algumas categorias -da até 94 kg à acima de 105 kg- deu resultados: ele passou a atingir marcas melhores e a se lesionar menos.

No ano passado, conquistou o ouro no Pan de Guadalajara e bateu o recorde pan-americano da modalidade.

Só o café da manhã de Fernando, de 2.000 calorias, tem mais que o dobro de energia do que Daniele Hypólito ingere em um dia inteiro. A dieta da ginasta (1,47 m e 50 kg) tem apenas 800 calorias.

Para executar os movimentos com precisão e agilidade, a ginasta precisa ser leve.

"Sigo a dieta passada pela nutricionista. Só não como pela manhã", conta Daniele, que toma um copo de café com leite ao acordar.

O nadador Thiago Pereira decidiu mudar a alimentação, entre outras coisas, na tentativa de aprimorar seu desempenho nas piscinas.

"Radicalizei tudo, estou comendo melhor, orientado por uma nutricionista."

Um dia de treino de Thiago consome cerca de 3.000 calorias. Ele ingere de 2.500 a 3.250 calorias diárias em alimento, dependendo da etapa de treino. Ou seja, às vezes come menos do que gasta. Para não desfalcar as reservas, toma suplementos.

O jogador de vôlei Bruno Zanuto, do Campinas, já fez diferentes tipos de dieta. Hoje, investe numa alimentação saudável, com produtos integrais. A rotina muda em dias de jogo, quando abusa do carboidrato para lhe dar energia. E, de vez em quando, ele confessa que foge da dieta.

"O importante é manter uma rotina saudável. Ir com os filhos à lanchonete ou com a mulher ao restaurante ajuda a manter a cabeça boa."

Menos adeptos de um cardápio rigoroso, o velocista Nilson André, da BM&F, e a maratonista Adriana Silva, do Pinheiros, comem de tudo, só que sem exageros. "Como pouco, mas várias vezes ao dia", diz Adriana, que gosta de chocolate.

(BM E ML)

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