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Antigo armazém vira berçário de negócios

HELTON SIMÕES GOMES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Fugindo dos altos preços dos imóveis em endereços nobres da cidade, a Warehouse Investimentos instalou seu berçário de startups (empresas iniciantes) em um galpão da Vila Leopoldina.

O bairro, na região oeste da capital, era dominado por indústrias até os anos 1980.

Antes de decidir alugar o antigo armazém de máquinas de 2.000 m², a empresa pensou no Itaim (zona oeste), mas, lá, o preço era mais salgado. O aluguel da sede na Vila Leopoldina é cerca de 40% do que seria cobrado no primeiro endereço.

"Para o nosso modelo de negócio, ter um galpão assim é fundamental", diz Pedro Melzer, sócio da Warehouse.

Faz parte da estratégia reunir todas as empresas em que investe em um único lugar a fim de auxiliá-las no operacional. Por isso, também está presente no galpão a Baker Tilly, uma prestadora de serviços contábeis e jurídicos que auxilia as iniciantes.

Quatro iniciantes já estão funcionando: a iFood é um serviço on-line de delivery de restaurantes; a Gestum desenvolve plataformas para empresas criarem cursos de ensino à distância; a Terracycle recolhe e processa material reciclável; e a Byogy produz combustível para aviões a partir do etanol.

Outras três startups de internet estão em fase de negociação para se tornar futuras inquilinas do galpão.

As empresas ocupam salas térreas com paredes de vidro, mas um segundo andar já foi inaugurado para acolher as novas entrantes.

A meta é ter até 15 empresas em 18 meses. A Warehouse, que, além de Melzer, tem mais quatro sócios, investe até R$ 5 milhões em startups com receita entre R$ 1 milhão e R$ 15 milhões por ano.

PORTÕES REFORÇADOS

Vizinha da NetMovies, locadora de filmes pela internet, de uma marmoraria e de uma imobiliária, a empresa está satisfeita com o espaço, diz Melzer. As constantes enchentes que atingem a região não chegam a atrapalhar, por conta dos portões reforçados.

Nem mesmo o reajuste nos aluguéis da região de 20% desde que alugaram o galpão em 2010 abala o casamento da Warehouse com o imóvel.

A empresa diz que só deixa o armazém se o espaço não comportar mais as startups, o que pode não chegar a acontecer. A ideia é que, conforme amadureçam, saiam do berçário. Se for preciso migrar para um lugar maior, dificilmente a Warehouse ficará em São Paulo.

Enquanto estão lá, as iniciantes pagam entre R$ 7.000 e R$ 20 mil por aluguel, água, internet e luz. Estão incluídos na conta os serviços de contabilidade da Baker Tilly.

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