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É preciso ser 'engenheiralista'

Ainda que a área se ramifique em especializações, profissional deve ter formação generalista

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Seja qual for a área de especialização escolhida, uma coisa é certa: para construir uma carreira sólida, o engenheiro tem de ter formação generalista. "A era do superespecialista acabou", afirma James Wright, 61, coordenador de pesquisa da FIA (Fundação Instituto de Administração) sobre as carreiras mais promissoras dos próximos anos.

Nos novos tempos, quem tem apenas conhecimento técnico, por mais consistente que seja, costuma empacar na carreira, reforça o britânico Derek Abbel, 74, ex-professor da Harvard Business School, nos Estados Unidos, e atual decano da escola de negócios HSM Educação. "Os profissionais precisam cada vez mais cedo entender as necessidades do mercado, a viabilidade financeira dos projetos, suas estratégias e conhecer até um pouco de vendas", afirma.

Nesse contexto, boa capacidade de comunicação e negociação são fundamentais. "No dia a dia, engenheiros precisam não só se relacionar com profissionais de outras áreas, como a financeira, a de serviços sociais e de meio ambiente, como também convencê-los de suas propostas", ressalta Guilherme Melo, um dos diretores do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). "Não dá mais para simplesmente chegar com a melhor solução de engenharia e dizer: cumpram."

Novas demandas do mercado também são apontadas pela Nextview People, empresa de pesquisas em recursos humanos. Em levantamento realizado com 60 companhias brasileiras, a capacidade de gestão financeira, gestão de projeto e de riscos estão entre as habilidades mais exigidas dos jovens profissionais. "A habilidade gerenciamento é fundamental", afirma Danilca Galdini, 34, sócia da Nextview People.

MAIS PROMISSORAS

Na visão do diretor do CNPq, duas carreiras são especialmente promissoras. A primeira delas, impulsionada pela descoberta e exploração das reservas do pré-sal, é a engenharia de petróleo, primeira colocada no ranking de profissões com grande perspectiva de contratação elaborado pela Firjan (Federação da Indústria do Rio de Janeiro). O segundo destaque é a engenharia aeroespacial, embalada pelo programa brasileiro de lançamento de satélites e pela escassez de mão de obra na aviação.

Melo também vê bom futuro na engenharia de alimentos -resultado da busca por aumento da produtividade na indústria alimentícia e na agroindústria- e sublinha ainda a engenharia de produção, "sempre 'na moda' por otimizar processos produtivos em diferentes setores".

As engenharias de minas e ambiental também integram a lista de especializações em alta. (CARIN PETTI)

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